Projeto na Chapada dos Veadeiros coleta 80 toneladas de vidro em 6 meses
Com o objetivo de combater a poluição e evitar o descarte inadequado de vidro na Chapada dos Veadeiros, o projeto sustentável Corona Protect Paradise neste patrimônio mundial tem alcançado sucesso muito além dos objetivos traçados. Criada pela marca da Ambev em parceria com a startup Green Mining, especialista em logística reversa inteligente, e a Reciclealto, empresa de coleta seletiva local, reuso e reciclagem de resíduos sólidos, a ação começou em outubro passado e já processou mais de 80 toneladas do material. Desta forma, vem superando com folga a expectativa inicial de reciclar até mil quilos de vidro por mês.
O projeto tem duração prevista de três anos e vem causando impacto positivo nos municípios goianos de São Jorge e Alto Paraíso. Nestas cidades, foram distribuídos 80 pontos de coleta, sendo 50 deles de estabelecimentos parceiros da Corona.
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A Chapada dos Veadeiros é uma unidade de conservação brasileira, tendo um parque de extensão de 240 mil hectares, que foi ampliado em 2017 para proteger diversas espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção. Ele está incluído na lista de Patrimônios Culturais da Unesco, sendo administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Nesse cenário, que também é turístico, ações sustentáveis se tornam ainda mais importantes.
“O projeto gera benefícios para toda a sociedade. Ao desviar o vidro da coleta de resíduos municipal e dos aterros, geramos uma economia direta aos cofres públicos, que geralmente pagam por tonelada as empresas contratadas. A embalagem de vidro era comumente criticada por não ter seu destino correto, e o projeto veio para viabilizar a recuperação e reciclagem de qualquer embalagem de vidro. Portanto, uma solução que fecha a cadeia da economia circular através da reciclagem”, afirma, ao Guia, Rodrigo Oliveira, fundador e CEO da Green Mining.
Na iniciativa, a Reciclealto trabalha com três pessoas diretamente no dia a dia, sendo um coletor intermitente, um triador e um responsável pelo programa. Além disso, seu coordenador operacional, presidente e secretários executivo e financeiro também estão envolvidos no projeto.
“A Reciclealto, em parceria com a Corona, está executando a coleta, o acondicionamento temporário, a triagem e a destinação do vidro dos 80 pontos instalados juntos ao Protect Paradise. A partir dessa parceria com Corona e Green Mining, conseguimos incorporar à nossa operação itens que melhoraram a apresentação e a eficiência da coleta”, explica a associação, através da assessoria de imprensa.
A Prefeitura de Alto Paraíso destaca os benefícios que o projeto está proporcionando à população e aos visitantes na região da Chapada dos Veadeiros. “Reconhecida pelas belezas naturais e pelo povo acolhedor, a nossa região ainda é deficiente na coleta seletiva, o que impacta diretamente a nossa comunidade e nosso turismo. Assim, a ação liderada pela Corona com o apoio da Prefeitura, para o descarte e coleta adequados do vidro, contribui com a limpeza da nossa região e com a conscientização dos parceiros e da população, mantendo nosso paraíso”, completa.
Engajamento chama a atenção
A administração municipal local destaca como a iniciativa tem conseguido unir forças de diferentes frentes. “A Prefeitura segue alinhada com as melhores práticas para preservação do nosso ecossistema e a iniciativa da Corona corrobora com nossas ações ambientais. O projeto da Corona despertou um grande movimento e os empresários locais se mobilizaram junto à Reciclealto para que a coleta seletiva seja cada vez mais incorporada à nossa comunidade, orientando e realizando as parcerias preservando as nossas belezas naturais”, afirma, através da assessoria de imprensa.
A Prefeitura de Alto Paraíso também tem participado ativamente do projeto de reciclagem de embalagens de vidro, como ressalta Aline Gusmão, gerente regional de marketing da Ambev no Centro-Oeste, lembrando que a instalação de coletores de vidro está permitindo “não apenas estabelecimentos, mas também que toda a população faça parte do projeto”.
“Ela autorizou a colocação dos tambores de coleta de vidro nos 20 pontos de entrega voluntária do município, que antes recebiam apenas papel, metais e plásticos. Isso permitiu que qualquer cidadão ou turista tivesse um local perto para o descarte correto do vidro”, acrescenta o CEO da Green Mining.
Oliveira lembra que outros braços de atuação deste projeto da Corona já haviam promovido ações ambientais em localidades como Trancoso (BA) e Fernando de Noronha (PE). E celebra o engajamento das populações locais nas iniciativas.
“Duas coisas surpreenderam nossa equipe em relação aos diversos projetos que realizamos pelo Brasil. Primeiro: o enorme engajamento da cidade em receber os tambores e utilizá-los para o descarte adequado. Segundo: a utilização exclusiva para vidro, ou seja, o nível mais baixo que já vimos de descarte incorreto”, revela o CEO da Green Mining.
A participação dos bares, restaurantes, pousadas, assim como dos consumidores e turistas, vem sendo fundamental. Se estes não se engajassem com a causa e não separassem corretamente, não haveria o que coletar. Todo o material estaria indo para o atual lixão
Rodrigo Oliveira, fundador e CEO da Green Mining
Diante do êxito do projeto, a Reciclealto já trabalha com a perspectiva de traçar novas metas para a iniciativa, além de levá-la para outras localidades. “A partir da primeira destinação que será feita com o apoio do programa Protect Paradise, a Reciclealto terá o dado de aumento do recolhimento do material e então planejamos estabelecer nova meta. Estamos em diálogo com municípios vizinhos para expandir a coleta para essas regiões. Em dois municípios, já contamos com comunicação instrucional avançada. E, certamente, o programa Protect Paradise de Corona está incluído no avanço”, comenta.
A gerente regional de marketing da Ambev no Centro-Oeste destaca que esta nova iniciativa nesta região reforça a “conexão genuína da Corona com a natureza” – no ano passado, tornou-se a primeira marca global de bebidas considerada neutra em resíduos plásticos.
“Ao levar o Corona Protect Paradise para a Chapada dos Veadeiros entendemos com a comunidade local que o descarte e reciclagem do vidro é dos maiores desafios enfrentados no local – tanto porque é um processo mais caro e demorado quanto porque necessita de uma infraestrutura maior. Com isso, temos o impacto da diminuição desse problema na região, além de conseguirmos promover a sustentabilidade e o descarte correto do lixo”, conclui.
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