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Cerveja e Sustentabilidade: Setor é protagonista no combate às mudanças climáticas

Na abertura da última COP, um vídeo de um dinossauro palestrando na cúpula da ONU para os líderes de todos os países do mundo trazia uma afirmação simples e direta: “nós fomos exterminados por um asteroide, mas o que os humanos estão fazendo é provocar a própria extinção. Isso é insano”. Combater as mudanças climáticas não é mais uma questão de acreditar ou não, mas uma necessidade de agir. É um caminho sem volta para quando se pretende fazer parte do cotidiano dos consumidores de forma genuína.

O mercado cervejeiro no Brasil, que vendeu mais de 14,3 bilhões de litros em 2021, com uma receita estimada de cerca de R$ 208 bilhões, vem sendo protagonista no que tange a corresponder aos anseios da sociedade quando se fala em produção sustentável. Desde o campo de cultivo até a mesa do bar, as preocupações com a evolução na forma de produzir, transportar, transformar e consumir vem sendo acompanhada pelas novas formas de realizar tudo isso reduzindo as emissões de carbono para a atmosfera.

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A indústria cervejeira vem se desafiando a ampliar seu compromisso por ações climáticas em suas cadeias produtivas, e esta corrida por ser cada vez menos poluente só faz bem a toda a população do planeta. Não obstante, leva outros segmentos da economia a se inspirarem nos exemplos, correndo atrás de uma fabricação com menos emissões.

No Brasil, temos os principais players do mercado com compromissos bastante robustos e já em execução. Em 2018, a Ambev trouxe compromissos importantes para o mercado e destacou a marca Budweiser para liderar essa jornada, sendo a primeira cerveja produzida com 100% de energia renovável. Era apenas o início, que logo depois se tornou um compromisso global de toda empresa atingir zero emissões líquidas de carbono nas operações próprias até 2030, e em sua cadeia de valor até 2040. O Grupo Heineken tem a mesma ambição para a cadeia de valor, mas pretende neutralizar suas operações já no próximo ano.

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Esse é o primeiro passo, ou melhor, o escopo 1, onde a busca pelas emissões do processo produtivo é priorizada para que a pegada de carbono mais relevante do processo de produção seja reduzida. Já as emissões de gases efeito estufa de escopo 2 representam a aquisição de energia elétrica específica de cada fonte de geração da eletricidade que a organização escolheu adquirir e consumir.

Leia também – Com ações em diferentes frentes, indústria cervejeira avança na adoção da energia renovável

É neste momento que a competição se torna cooperação, mesmo com cada empresa adotado uma estratégia diferente, um tipo de fonte energética, ou prazos diferentes. Mas ambas estão cooperando para a construção de um mundo melhor. Até porque as marcas e indústrias só existem, se os consumidores estiverem lá, em casa, no mercado, na internet e nos bares, comprando e consumindo.

E cada vez mais consumidores declaram que vão priorizar empresas que não causam danos ao meio ambiente. Em uma pesquisa de 2019, feita no Brasil pela Opinion Box, 1 a cada 3 consumidores diz se preocupar com as práticas sustentáveis das empresas que compram e 55% preferem empresas ou marcas que notoriamente cuidam do meio ambiente. Além disso, 52% desistem de comprar de marcas que poluem o meio ambiente. Entre os millenials, este número fica acima dos 80%.

Definitivamente a transição energética é um caminho sem volta. E quanto mais a empresa estiver, de forma, genuína, correspondendo aos anseios da sociedade e, principalmente, antevendo que isso pode ser uma decisão estratégia para a competitividade, mais empresas terão suas consultorias em logística reversa como participantes estratégicas das cadeias de suprimento de materiais de embalagem.

Um brinde ao protagonismo da indústria cervejeira com uma estratégia de longo prazo, execuções de curto prazo e coragem para avançar nos desafios que tem pela frente: Escopo 3, onde toda a cadeia de fornecimento de ingredientes, embalagens, serviços etc deverão ser endereçadas.

Será que essa evolução poderá ser acelerada se for colaborativa?


*Rodrigo Oliveira é fundador da startup de logística reversa inteligente Green Mining, administrador de empresas pela FGV-EAESP, com mestrado em Sustentabilidade pela FGV.

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