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Cerveja e sustentabilidade: Boteco de responsa!

Happy hour na sexta-feira: aonde vamos? 99% das respostas são “vamos para um barzinho!”.

Afinal, depois de um dia pesado de trabalho, nada melhor do que uma cerveja ou um chope gelado, com petiscos, amigos e/ou família. Por isso, este lugar sagrado é um dos principais locais de relacionamento entre as cervejarias e os consumidores. Conhecidos como “on trade” ou “on premisse”, bares e restaurantes são os pontos de consumo onde a experiência do cliente acontece na hora. Por isso, cerveja gelada e um chope bem tirado, com colarinho na medida certa, são fundamentais.

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A relevância para o setor cervejeiro destes aliados importantes fez com que o bar se tornasse um parceiro fundamental nas atividades das grandes cervejarias. Consequentemente, nas novas diretrizes de transformar o setor cervejeiro em algo ainda mais sustentável, eles também se tornam aliados importantes.

Para começar e garantir uma cerveja bem gelada, o primeiro trabalho é buscar que a energia consumida por bares e restaurantes seja o mais sustentável possível, preferencialmente, abastecida por energias renováveis de baixo carbono, como solar e eólica. No final de 2021, a Heineken anunciou dentro do seu programa “Green Your City” que irá levar a estabelecimentos de 19 capitais brasileiras a oportunidade de ter acesso a energia renovável, numa iniciativa que pretende chegar a 50% dos bares e restaurantes atendidos pela marca nesses municípios até 2030. Já no início de 2022, a Ambev anunciou que irá levar energia limpa para 250 mil bares de todo o Brasil em parceria com a startup investida Lemon. O programa, chamado de “The Energy Collective”, pretende levar energia solar e eólica a estabelecimentos comerciais que a cervejaria se relaciona.

Outro item fundamental e de grande impacto em emissões de CO2 é toda a logística envolvida para fazer com que a cerveja chegue até o bar. Neste setor, a eletrificação da frota vem sendo a melhor opção escolhida pelas grandes cervejarias para o combate às mudanças climáticas.

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Desde 2018, a Ambev tem parceria com a Volkswagen e já colocou 100 caminhões elétricos nas ruas. Isso além de outros 150 veículos do modelo iEV1200T da Jac Motors circulando pelas ruas e avenidas de cerca de 20 cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Natal, Curitiba, Fortaleza e Ilhéus. Já a Heineken iniciou em meados de 2021 um projeto de eletrificar sua frota, começando por São Paulo e Salvador.

Outra iniciativa importante quando falamos sobre bares e restaurantes está no volume de resíduos gerados nestes estabelecimentos. Garrafas de cerveja, fardos plásticos, latas e caixas de papelão são itens constantemente consumidos nos estabelecimentos, portanto, serão descartados lá mesmo. Para solucionar este problema, a Ambev iniciou no final de 2018, em parceria com a startup de logística reversa inteligente Green Mining, um programa de coleta de garrafas em clientes de São Paulo, que foi expandindo bairro a bairro e já se espalhou por outras cidades como Rio de Janeiro e Brasília. Além disso, através do projeto “Protect Paradise”, a cervejaria também expandiu o trabalho com recicláveis para locais de maior complexidade de reciclagem como Chapada dos Veadeiros, Trancoso e Fernando de Noronha – estas iniciativas da marca Corona. Em constante evolução, o programa de coleta de recicláveis também é operado pela própria cervejaria que utiliza o sistema da Green Mining para aferir a rastreabilidade e pontuar no seu programa RecicloBees, ou seja, incentivando com pontos de fidelidade aqueles bares que separam seus recicláveis.

Cada vez mais, vemos bares e restaurantes se engajando nas iniciativas sustentáveis e é tendência que novos projetos sejam planejados pelas grandes cervejarias para que todos os elos presentes na cadeia de produção e consumo de cerveja sejam de baixo impacto. Mais uma vez, a colaboração será fundamental para que esta evolução chegue a mais estabelecimentos por todo o país. O planeta agradece.


*Rodrigo Oliveira é fundador da startup de logística reversa inteligente Green Mining, administrador de empresas pela FGV-EAESP, com mestrado em Sustentabilidade pela FGV.

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