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Everbrew prepara construção de fábrica e estima iniciar operação no fim de 2021

Cervejaria, hoje, funciona como cigana, ainda tendo pequena produção no seu brewpub em Santos

A Everbrew terá, em breve, a sua fábrica própria. A cervejaria de Santos realizou investimentos na aquisição de equipamentos para montagem da estrutura da sua produção em um galpão da cidade da Baixada. E a expectativa é de que as primeiras cervejas sejam fabricadas por lá no final de 2021.

A fábrica própria, para a qual a Everbrew estima um investimento total de R$ 3 milhões, terá a capacidade de produzir 30 mil litros por mês de cerveja, com a possibilidade de expansão para 50 mil. Hoje, como uma cervejaria cigana, a marca concentra a sua produção na Startup Brewing. E o seu brewpub, em Santos, tem capacidade de produção de 2 mil litros mensais.

Os equipamentos adquiridos para a fábrica vão chegar a Santos em abril, sendo que já em março se iniciam as obras no galpão onde será, no futuro, realizada a produção das cervejas da Everbrew. Com tudo pronto, o passo final será a obtenção dos certificados para colocar a fábrica em operação.

Leia também – 10 lançamentos das cervejarias artesanais em fevereiro

“Primeiro estabelecemos a marca, garantimos a qualidade, a repetibilidade. Agora, buscamos o ponto de equilíbrio para ter a fábrica”, conta Renê do Santos, um dos sócios-fundadores da Everbrew, explicando os motivos que levaram a cervejaria de Santos, surgida em 2016, a agora optar por ter sua fábrica própria.

“A gente tem um volume grande para uma artesanal, de 30 mil litros por mês. Somos bem atendidos como ciganos, mas quero ter a vantagem competitiva da produção própria. Com ela, você tem o controle de todos os processos, tem oportunidade de produzir o quanto quiser”, acrescenta o sócio-fundador da Everbrew.

O investimento na fábrica própria se dá em um momento de crescimento da Everbrew. Apesar da crise do coronavírus, que afetou a economia nacional e, por consequência, a indústria cervejeira, a marca de Santos fechou 2020 com resultados positivos.

A Everbrew terminou o último ano com mais de 200 lotes de cervejas produzidos, tendo envasado 500 mil latas, algo que se tornou o principal foco da marca diante das medidas restritivas adotadas durante a pandemia do coronavírus. E explica ter ampliado o seu faturamento em 130% no comparativo com 2019.

Para isso, além da aposta nas latas, uma tendência em todo o mercado cervejeiro desde o início da crise do coronavírus, a Everbrew também buscou encontrar novos mercados, melhorando o seu posicionamento nos canais de venda. “Passamos a trabalhar com big data, fomos atrás de regiões onde não chegávamos. Abrimos até 15 pontos nesse modelo”, explica Renê.

Além disso, em um período no qual o delivery teve expansão relevante, optou por apostar na criação de um aplicativo próprio para entregas em Santos. “A administração das vendas é minha, mando eventualmente aviso de promoções e novidades. Você traz identidade para a marca”, detalha Renê, apontando os benefícios desse modelo.

Lançamentos e exportação
A cervejaria também investiu em lançamentos. Foram 40 no ano passado, além da participação em 6 colaborativas. Hoje, o portfólio da Everbrew está em 130 rótulos. E vai aumentar em 2021, pois Renê estima fechar com ao menos mais 60 novidades disponibilizadas para o consumidor.

Ele explica o que estimula a renovação constante do portfólio da Everbrew. “A gente quer ter um portfólio grande para poder sempre revisitar bons rótulos. Os nossos rótulos mais vendidos são os mais tradicionais, criando marcas que vão além das marcas. Queremos trazer experiências novas, mas criar módulos de linha. O lançamento é um piloto.”

Fato raro entre marcas nacionais, a Everbrew tem exportado suas cervejas para o continente europeu. Um processo iniciado em setembro, para a Holanda, construído a partir de uma parceria. Assim, a cada 2 meses, a cervejaria envia 400 caixas de cervejas, que podem ser encontradas nos Países Baixos, mas também em outras localidades através do e-commerce.

O “boca-a-boca moderno”, através da rede social cervejeira, a Untappd, tem rendido boas avaliações internacionais para a Everbrew, de acordo com Renê, abrindo mercados para a cervejaria, com a exportação principalmente do estilo New England IPA, do qual tem as conhecidas Evermont e Evermaine, mas também tendo espaço para Stouts, Sours e, eventualmente, Hop Lagers.

Os desafios, porém, são grandes. As marcas têm sofrido com a alta do dólar, o que encarece os insumos, quase sempre importados. Há falta de produtos básicos, como latas, plástico e papelão. Para minimizar custos e ainda utilizar um produto de qualidade em suas receitas, a Everbrew, inclusive, passou a importar diretamente parte deles.

É da Nova Zelândia de onde vem o lúpulo Nelson Sauvin, utilizado pela Everbrew em uma das séries de cervejas lançadas em 2020, a Nelson in Love. “Estamos enforcando a margem porque não dá para mexer no preço. Buscar alternativas, como a importação direta”, comenta Renê.

As dificuldades, porém, não impedem a Everbrew de se manter em expansão e de ver potencial em Santos para ser um polo de cervejas artesanais. Agora próxima de ter a sua própria fábrica na cidade onde surgiu, vê potencial na localidade, até pela criação de novas marcas e consolidação de outras, como a Demonho e a Infected Brewing, por lá.

“Santos é o centro comercial da Baixada. E começamos a observar que desce muita gente no fim de semana para conhecer o brewpub. Tem um potencial de turismo cervejeiro aqui. Temos conversado sobre ter esse polo cervejeiro. Depois da gente, surgiram umas 8 ou 10 que saíram da panelinha. E isso ajuda a criar essa cultura da cerveja artesanal na cidade. Tem muita gente virando a chave”, conclui Renê.

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