Presidente do Grupo Petrópolis se entrega à Polícia Federal

Alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato, o presidente o Grupo Petrópolis, Walter Faria, se entregou à Polícia Federal em Curitiba nesta segunda-feira. Faria estava foragido desde o dia 31 de julho, quando sua prisão foi decretada junto com a de outros cinco executivos da empresa, suspeitos de envolvimento em operações financeiras ilegais no exterior.
Com base em delações da Odebrecht, o Ministério Público Federal do Paraná apura o suposto envolvimento de executivos da empresa detentora de marcas como Itaipava, Petra e Ampolis na lavagem de dinheiro desviado pela construtora em contratos públicos da Petrobras.
Segundo as investigações, o presidente do grupo agia como intermediário na troca de dólares por reais, recebendo da Odebrecht por meio de contas de offshores e fazendo o repasse de valores em dinheiro vivo da ordem de R$ 329 milhões entre 2006 e 2014.
Leia também: Lava Jato pede prisão do presidente da Petrópolis; Grupo diz estar colaborando
Cerca de R$ 121 milhões teriam sido destinados ao pagamento de propinas travestidas de doações eleitorais feitas pela construtora. E outros R$ 208 milhões teriam sido repassados em espécie para a Odebrecht.
Em depoimento cedido à Polícia Federal na última sexta-feira, Vanuê Faria, sobrinho de Walter Faria, admitiu que a cervejaria gerou dinheiro em espécie “como um banco” para a Odebrecht, em troca de porcentagens dos pagamentos recebidos no exterior.
Em nota, o Grupo Petrópolis informou que “seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes”. A companhia destacou ainda que “sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos.”
0 Comentário