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Marca pioneira na Alemanha desiste das artesanais: “Não precisamos de revolução”

Após dez anos de experimentos com estilos diversos, tradicional grupo alemão se volta completamente às Pilsens

O grupo cervejeiro Radeberger, um dos líderes do mercado alemão e que tem nas Pilsens seu carro-chefe, deu adeus à sua aventura no mundo das artesanais, que era baseada nas “craft beer” norte-americanas. Depois de dez anos, a empresa começa um processo de desligamento das operações de sua subsidiária Braufactum, dedicada a rótulos especiais.

A decisão demonstra a dificuldade de entrada das artesanais no mercado da Alemanha, país sempre associado ao alto consumo de cerveja, mas que parece não ter seu público interessado em trocar a tradição por novidades que possuem maior penetração em outros países, como os Estados Unidos.

Leia também – Dos EUA, Stone Brewing encerra sonho europeu e vende cervejaria na Alemanha

“Alguns cervejeiros artesanais querem reeducar os consumidores à força. Não funciona desse jeito. Aqui na Alemanha, com nossas grandes cervejas, não precisamos de uma revolução das artesanais, como nos EUA”, afirma o diretor da companhia Marc Rauschmann.

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“Temos condições completamente diferentes e precisamos encontrar os consumidores onde eles estão, e caminhar todo o percurso com ele, passo-a-passo”, acrescenta Rauschmann.

Lançado em 2010, o projeto do grupo Radeberger foi pioneiro na produção de estilos norte-americanos na Alemanha, sendo seguido por diversas outras cervejarias tradicionais do país, com iniciativas baseadas no modelo da Braufactum.

Em seu histórico, porém, o grupo Radeberger tem uma ligação íntima com o estilo Pilsen. Fundada em 1872, a cervejaria se orgulha de produzir cerveja “sem paralelos” por mais de um século, de acordo com os princípios de seus fundadores – e que soam conflitantes com a cultura da cerveja artesanal ao defender “nunca seguir uma moda ou comprometer nossa tradição”.

A cultura da “craft beer” norte-americana nunca decolou na Alemanha e se limitou a pequenos nichos de consumidores, o que manteve a Braumfactum em um nível de produção relativamente pequeno, de 15 mil hectolitros por ano.

Agora, a empresa chegou à conclusão de que o segmento não vale mais a pena. E a maior parte da estrutura da subsidiária deve ser incorporada a outros setores da Radeberger, como o departamento internacional do grupo.

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