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Ostra, shoyu, mostarda: Marca aposta no inusitado para mudar cultura cervejeira

Com suas receitas inusitadas, Three Monkeys tenta mostrar o poder da união entre cerveja e gastronomia

Um copo cheio de cerveja como um prato de comida. É partindo da premissa de uni-los que a Three Monkeys decidiu ampliar a imersão na gastronomia ao lançar novos rótulos da sua linha de cervejas gourmet. São receitas do estilo Gose, que utilizam itens como curry, lula, gaspacho e pipoca doce.

A aposta gastronômica, aliás, já era anterior, pois a cervejaria carioca contava em seu portfólio com a Caramel Salé. Mas foi ampliada com o lançamento de cinco rótulos: Gazpacho (Gose com tomate e picles de pepino), Al Mare (Gose com ostras, tinta de lula e limão), Honey Dijon (Gose com mostarda e mel), Oriental (Gose com shoyu, wasabi e gengibre) e  Thai Curry (Gose com curry, especiarias e leite de coco).

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E, por mais que pareçam improváveis, as combinações são “naturais”. De acordo com Leo Gil, um dos sócios e fundadores da Three Monkeys, aliar gastronomia e cerveja sempre foi visto como algo corriqueiro e até familiar.

“A gente sempre teve uma ligação com gastronomia em casa. Não por nossos pais ou familiares serem chefs profissionais, mas pela ligação com comida. O Bê (um dos sócios fundadores e nosso head brewer) cresceu com a mãe dele fazendo diferentes pratos em diferentes momentos. Então surgiu essa ideia de fazer uma cerveja que tivesse ligação com comida. Além dos aromas e sabores da própria cerveja, essa linha é muito interessante pra harmonização com diferentes pratos”, conta Leo ao Guia.

Novo consumidor
Essa escolha “gastronômica” se deve à percepção de uma mudança no paladar dos brasileiros em relação à cerveja. Uma mudança que se deve também pela busca por harmonização de rótulos com pratos, algo mais costumeiro e consolidado na cultura de outras bebidas, como o vinho. É o consumidor que já consolidou essa alteração no hábito de consumo que a Three Monkeys espera alcançar a partir da chegada dessas novas cervejas ao mercado.

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“Durante muito tempo o vinho teve papel chave nesse pairing de bebida com comida, mas a cerveja vem ganhando mais espaço. Mais pessoas fazendo curso de sommelieria e entendendo que a cerveja é uma bebida muito dinâmica e diversa para harmonizar pratos, somando em termos sensoriais com o objetivo de criar uma experiência única. A cerveja possibilita uma enorme variação de sabores e aromas, o que é perfeito pra criar um momento única para uma pessoa”, aponta Leo Gil.

Para a Three Monkeys, aliar inovação e criatividade em seus rótulos é algo que deveria ser visto como um diferencial que deve ser empregado não apenas por ela, mas por todas as linhas das cervejarias artesanais. “Uma forma de trabalhar inovação e mostrar para as pessoas o que a cerveja pode ser, os diferentes formatos sensoriais que ela pode seguir”, diz o sócio da cervejaria.

É, aliás, buscando “quebrar barreiras” que a Three Monkeys se vê atuando no setor cervejeiro há seis anos, um conceito que a marca acredita que deve ser um norte para atrair mais público para as artesanais, ainda presa em alguns nichos da sociedade.

A própria Three Monkeys faz um balanço positivo do seu momento, apontando uma média estimada de venda de 15 mil litros por mês. Além disso, passou recentemente a contar com uma equipe de vendas própria em São Paulo, o que deve ampliar a distribuição a partir das melhoras nos preços, ainda um dos gargalos do setor.

“Nosso objetivo sempre foi fazer diferente, por isso temos como missão quebrar barreiras. Entendemos que o mercado brasileiro se acostumou rápido com cervejas bem complexas, e daí o nosso portfólio high end que tem o objetivo de inovar mesmo, mostrar os caminhos que a cerveja pode seguir. Sempre com criatividade e qualidade como default”, comenta Leo, para depois concluir.

“Mas acho que um objetivo em comum de muitas crafts é dar mais informação, explicar cada vez mais o que realmente é uma cerveja de qualidade. Conseguir mudar a cultura de beber cerveja aqui no país. Precisamos fortalecer essa experiência, as cervejarias artesanais brasileiras. Nosso mercado é muito difícil e quanto mais pessoas conseguirmos transportar das cervejas de massa para as cervejas artesanais, mais desenvolvido a nossa cultura cervejeira vai ser.”

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