fbpx
breaking news New

4 consequências da catalogação da Catharina Sour no BJCP

Catharina Sour da Lohn Bier foi premiada como a melhor cerveja do mundo na categoria fruta no World Beer Awards

O dia 4 de julho trouxe um marco histórico para a cerveja nacional. Mais importante instituição mundial de juízes do setor, o Beer Judge Certification Program (BJCP) catalogou o primeiro estilo brasileiro da bebida, a Catharina Sour.

Criada espontaneamente por um grupo de amigos catarinenses, que jamais sonhavam na proporção que a “brincadeira” iria tomar, a Catharina Sour é uma cerveja leve e ácida, com baixo amargor, corpo leve e presença de frutas frescas. A graduação alcoólica vai de 4% a 5,5% e o índice de IBUs varia entre 2 e 8. Suas características ficam no meio do caminho entre outros estilos do gênero. É mais intensa, por um lado, do que uma Berliner Weisse. E menos azeda, por outro, do que as Lambics e as Gueuzes.

“É difícil mensurar a importância, mas foi um marco”, garante Fabio Koerich, diretor-técnico da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina (Acerva Catarinense), sócio da cervejaria Armada e juiz do próprio BJCP.

Mas, embora seja realmente difícil mensurar a importância do feito, conversamos com alguns especialistas para entender um pouco mais sobre esse marco.

Confira, a seguir, 4 possíveis consequências da catalogação da Catharina Sour no BJCP.

1- Globalização do estilo
A decisão do BJCP de catalogar um estilo traz um efeito imediato: ele pode ser julgado mundialmente em concursos oficiais que seguem essa normativa. A tendência, assim, é que a Catharina Sour ganhe mais espaço no mercado internacional. Cervejarias latinas, inclusive, já começaram a trabalhar com ela. “Com a adição de frutas a uma cerveja ácida e leve, conseguimos voltar ainda mais os olhos do mundo interessado em cerveja para o Brasil”, explicou Carlo Lapolli, presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), no dia da catalogação.

Publicidade

2- Popularização nacional
Depois da Catharina Sour ser catalogada, inúmeras cervejarias nacionais já se interessaram pelo estilo. É o que conta Koerich, diretor da Acerva Catarinense. “O que aconteceu é que temos recebido vários contatos de cervejarias que se interessaram, que perguntam como faz, qual o jeito certo de fazer. Tem muita gente entrando no bonde. Então, imediatamente, traz essa repercussão. Tem muita gente elogiando, criticando também, não entendendo, falando que deveria ser assim ou assado. De imediato, foi esse interesse, de gente querendo saber o que é. No futuro, esperamos que continue.”

3- Valorização da cultura
Embora traga no nome a ideia de um produto regionalizado, a Catharina Sour é elaborada com frutas tipicamente nacionais e representa algo essencialmente brasileiro, segundo Tatiani Felisbino Brighenti, sócia-fundadora da Lohn Bier. A catalogação, assim, seria a valorização de toda a cultura cervejeira do país. “É de grande importância esse feito, a valorização deste estilo brasileiro para o mundo, a brasilidade deste produto e seu potencial mundial. Para o Brasil significa o aumento da cultura cervejeira: temos agora um estilo legítimo brasileiro de cerveja, e isso é fantástico.”

4- Aumento de vendas
Quando colocamos na balança a globalização, a popularização nacional e a valorização de uma cultura, evidentemente o resultado não poderia ser outro: o possível incremento de vendas. Tanto que a Lohn Bier, responsável pelo lançamento de cinco rótulos em janeiro de 2017 (Manga, Butiá, Bergamota, Jabuticaba e Uva Goethe, esta premiada como a melhor cerveja do mundo na categoria fruta no World Beer Awards, em agosto de 2017, em Londres), promete anunciar uma nova Catharina Sour nas próximas semanas. “Agora, com a catalogação no BJCP, as vendas com certeza aumentarão”, aposta Brighenti. “Temos muito orgulho da Catharina Sour.”

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password