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A indústria ideal: A importância dos equipamentos na concepção da cervejaria

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Escolher uma boa assessoria e pensar previamente na possível expansão da fábrica são algumas dicas sugeridas por especialistas

O desejo de tirar do papel o sonho de ter uma cervejaria passa por uma série de definições e escolhas para viabilizar uma microindústria até a concepção do desejado rótulo próprio. Nesse processo, fazer a escolha acertada dos equipamentos e usá-los da melhor forma para potencializar a fabricação das cervejas é fundamental para o êxito do empreendimento.

Antes da escolha dos equipamentos, porém, é preciso entender se realmente vale a pena investir em uma indústria própria ao invés de ser uma cervejaria cigana, uma definição que deve partir da avaliação do retorno que será obtido a partir do investimento realizado. Com a decisão de dar esse passo tomada e para não haver erro nas escolhas, a busca por uma assessoria especializada surge como opção interessante.

“Você realmente precisa ter uma assessoria técnica para escolher os melhores equipamentos e também para definir quais são esses equipamentos. Nesse momento, então entra o estudo de viabilidade, a busca pelos melhores preços, as melhores marcas”, explica Lidia Espindola, gestora estadual do projeto de cervejas do Sebrae no Rio.

Ela destaca, ainda, que instituições como o Senai podem suprir a busca por informações sobre os equipamentos. “Há uma parceria forte com o Senai nesse sentido, buscando a melhoria de processos”, acrescenta Lidia.

Boas opções
Na avaliação de Edmundo Albers, sócio do Beer Business, uma consultoria empresarial de Porto Alegre, não faltam boas oportunidades para a compra de equipamentos, seja pela alta disponibilidade de fabricantes ou pela possibilidade de se adquiri-los em bom estado, ainda que usados. Mas ele também alerta para o risco de apenas se pensar no preço.

“Sugere-se que se faça uma detalhada equalização de ofertas. Na equalização, busca-se agrupar itens segundo suas características, garantindo assim que se compare ‘laranjas com laranjas’. Nossa experiência mostra que muitas vezes os empreendedores adquirem equipamentos pelo preço final apenas, sem se importar com detalhes importantes de automação, qualidade de acabamento e produtividade”, alerta Edmundo.

Assim, o conceito básico para o empreendedor deve ser a produção da melhor cerveja com o menor custo. E, a partir disso, uma série de escolhas e definições devem ser adotadas, sem esquecer da complexidade e delicadeza envolvidas na produção. Até por isso, contar com a experiência de quem teve êxito na montagem de uma fábrica pode ser um auxílio importante nesse processo inicial.

“Procure uma fábrica com experiência de mercado. Erros de projeto podem ser uma grande dor de cabeça, por exemplo, formação de cascatas durante transferências de mosto, bombas operando em cavitação, agitadores que formam vórtice quando ligados, tanques de fermentação com camisas mal dimensionadas. Tudo isso leva a cervejas de qualidade inferior”, detalha José Antunes, especialista setorial de cervejas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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Detalhes importantes
As decisões a serem tomadas também incluem a definição do sistema mais adequado para a geração de vapor. “Pode-se usar um gerador de vapor, ou caldeira. E qual será o combustível: gás, diesel, biomassa?”, questiona Antunes, apontando outros aspectos importantes na concepção da fábrica.

“Uma boa distribuição de termômetros na sala de brassagem e nos tanques de fermentação são extremamente úteis”, acrescenta. “Escolha adequadamente os materiais de sua fábrica. Normalmente todos os pontos onde a cerveja terá contato precisarão ser de aço inox, no mínimo 304, com acabamento sanitário.”

Além disso, o especialista da Firjan aponta que pensar na posterior expansão da indústria já na sua concepção inicial pode permitir a redução de custos em um futuro próximo.

“É preciso pensar, logo no projeto, que em algum momento a fábrica terá de ser expandida, pensar que partes de fábrica podem ser superdimensionadas pensando em uma futura expansão. Por exemplo, salas de brassagem de 250l e 500l não têm custos tão diferentes e, no caso da opção por uma equipamento maior, a expansão futura pode ser feita unicamente com a aquisição de novos tanques”, conclui Antunes.

Confira, nas próximas semanas, a sequência do nosso especial sobre como montar uma indústria cervejeira ideal. E, se quiser indicar alguma demanda, escreva para nosso editor: itamar@guiadacervejabr.com.

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