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Com recuo de 45,6% no 4º trimestre, Ambev tem lucro de R$ 13,122 bilhões em 2021

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Lucro líquido da companhia cervejeira foi de R$ 3,747 bilhões nos últimos três meses do ano passado

A Ambev fechou o ano de 2021 com resultado financeiro melhor do que o do ano anterior, mas com desempenho no quarto trimestre pior do que o do mesmo período de 2020. É o que indica o balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira pela companhia, apontando um lucro líquido de R$ 3,747 bilhões nos últimos três meses do ano passado, um recuo de 45,6% em relação ao último trimestre de 2020.

De acordo com a Ambev, nos comentários do balanço, esse resultado se deu “principalmente em virtude de créditos fiscais não recorrentes em 2020”. De fato, no 4º trimestre de 2020, a companhia relatou ter recebido “R$ 4,3 bilhões de créditos tributários extemporâneos decorrentes da decisão do Supremo Tribunal Federal de 2017 pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins”.

Leia também – Brasil amplia exportação da cerveja para US$ 131,5 milhões em um ano

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ambev também caiu no 4º trimestre do ano passado. Ele foi de R$ 6,784 bilhões no período, o que representou recuo de 24,1%.  Isso se deu “devido ao impacto de câmbio, preços de commodities e maiores despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), que foram afetadas principalmente por maiores provisões para remuneração variáveis”, de acordo com a companhia.

A receita líquida da Ambev no 4º trimestre de 2021 ficou em R$ 22,01 bilhões, uma expansão de 18,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.  Segundo a empresa, isso foi impulsionado “pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 15,2% no 4T21.”

Mas o panorama apresentado pelo balanço da Ambev é melhor quando se compara o resultado obtido em 2021 com o de 2020. Nesse caso, a companhia cervejeira teve lucro líquido de R$ 13,122 bilhões, um incremento de 11,6% em comparação a 2020. A receita líquida da empresa alcançou R$ 72,854 bilhões, expansão de 24,8% ante o ano anterior. E o Ebitda ajustado atingiu R$ 22,869 bilhões, um aumento de 5,9%.

O caixa líquido da Ambev também cresceu de 2020 para 2021, passando de R$ 13,998 bilhões para R$ 15,411 bilhões ao término do ano passado.  

Cerveja, brasil e perspectivas
O balanço financeiro também indicou que a produção de cerveja da Ambev cresceu 0,8% no último trimestre do ano passado, para 51,3 milhões de hectolitros. Uma expansão que chegou aos 8,8% ao longo de 2020, com um total de 180,3 milhões de hectolitros. No Brasil, porém, o resultado foi pior. O volume de cerveja produzida pela Ambev no quarto trimestre de 2021 caiu 3,1%, para 25,6 milhões de hectolitros. E o crescimento em todo o ano foi de 7,1% ante 2020, para 90,8 milhões de hectolitros.

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A Ambev, nos comentários do balanço, reconheceu que a indústria teve um desempenho fraco no quatro trimestre, mas declarou estimar que foi um resultado melhor do que a de toda a cadeia produtiva. Também destacou o aumento da receita orgânica líquida em contraponto à queda do Ebitda.

“Nosso momentum de receita líquida também foi evidenciado pelo crescimento da ROL/hl de 9,3%, devido ao aumento de preços, iniciativas de gerenciamento de receita e mix favorável, além de uma base de comparação difícil. O EBITDA ajustado caiu 19,6%, pois o crescimento da receita foi compensado pelos impactos esperados na taxa de câmbio transacional e commodities, provisões para remuneração variável e investimentos em vendas e marketing”, afirma a administração.

A Ambev também aponta a expansão de 13% do volume do segmento premium, com Original e Chopp Brahma crescendo duplo dígito como alguns dos seus destaques comerciais de 2020, juntamente com Beck’s, Corona e Stella Artois, que ampliaram o volume no mesmo patamar. E revela que o Zé Delivery atendeu mais de 17 milhões de pedidos apenas no quarto trimestre de 2021.

Desafios de 2022
A Ambev, ao projetar as expectativas para 2022, relata que o aumento dos casos de coronavírus, especialmente da variante Ômicron, traz “desafios e volatilidade no curto prazo”, pois já causou impactos no fim de 2021 e no começo deste ano. E ainda afirma que as pressões nos custos dos insumos ainda não foram completamente superadas, embora já minimizadas. Além disso, relata a expectativa de elevação relevante dos custos de produção.

Nossa taxa média de hedge para o real versus o dólar para 2022 é de 5,39 (+2,1%), e estamos enfrentando uma inflação de commodities sem precedentes. Como resultado, esperamos que nosso CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil aumente entre 16-19% (excluindo produtos de mercado não-Ambev em nosso marketplace e considerando os preços atuais de commodities)

Ambev, em comentários do balanço do 4º trimestre

Ab InBev
Maior grupo cervejeiro do mundo, a AB InBev também divulgou o seu balanço financeiro nesta quinta-feira. E o seu lucro em 2021 cresceu 50% ante 2020, ficando em US$ 5,7 bilhões. O Ebitda da companhia ficou em US$ 19,2 bilhões, uma expansão anual de 10,9%, enquanto a receita cresceu 15,8%, para US$ 54,3 bilhões.

No quatro trimestre, o lucro da AB InBev ficou em US$ 1,8 bilhão, recuo de 16,6% em relação ao mesmo período de 2020. O Ebitda caiu 3,6%, para US$ 4,9 bilhões, mas a receita da companhia expandiu 11,2%, para US$ 14,2 bilhões.

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