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Aos 5 anos, Capitão Barley reinventa-se como brewpub

Tradicional bar da cena cervejeira paulistana, Capitão Barley fez um estudo de viabilidade e decidiu produzir os próprios chopes

Em uma cena de alta porém recente efervescência, o Capitão Barley, fundado em 2013, já é consagrado como um dos “clássicos” dos bares de São Paulo. Ele foi concebido como loja de cervejas especiais, rapidamente transformado em bar e, agora, com 5 anos, adapta-se às tendências do mercado e reinventa-se como um brewpub.

Fruto da parceria de dois amigos entusiastas da cerveja caseira e artesanal, o bar que fica em Perdizes nasceu com a ideia de vender garrafas e latas para consumo em domicílio. No entanto, já no primeiro dia, os rumos mudaram. E os sócios perceberam que “dar certo” nem sempre é sinônimo de “sair como o planejado”.

“Inauguramos como loja de cervejas especiais e artesanais, mas logo na inauguração alugamos chopeiras para servir aos convidados e percebemos que o chopp era melhor negócio do que as cervejas em latas e garrafas”, conta Amílcar Parada, idealizador e sócio do Capitão Barley.

Em seus cinco anos de história, o Capitão Barley assistiu à passagem de diversos “modismos”, a transformações no mercado cervejeiro e a um rigoroso processo de seleção natural.

“O mercado continua com um potencial de crescimento enorme, mas muita gente entra e sai logo por achar que trabalhar com cerveja é pura diversão. Esquecem de que é preciso estar preparado e ser profissional”, afirma Amílcar . “Acompanhamos muitas lojas, bares e até marcas de cerveja que surgiram depois do Capitão Barley e já não existem mais justamente por isso.”

Nova fase
Agora, em um momento mais maduro e entendendo a demanda do público crescente, o Capitão Barley produz o seu próprio chope. A inauguração da fase brewpub se deu justamente no aniversário de cinco anos, em novembro de 2018. No primeiro momento, as opções feitas na casa são as West Coast IPA, Session IPL e Sour – além de diversas torneiras de outras marcas.

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Na avaliação de Amílcar, o público ainda está se acostumando com a ideia. “Alguns cervejeiros mais heavy users que antes não visitavam o bar estão aparecendo para provar nossas criações. Creio que em questão de tempo teremos um público mais especializado e que busca mais inovação”.

E o caminho tem sido mesmo o da inovação. Os três chopes disponíveis hoje estão longe do status de “fixos” no menu do Capitão Barley. Muitos experimentos, garante o sócio, ainda virão. “A ideia é não repetir tanto as mesmas receitas”, antecipa Amílcar.

“Sei que o conceito de muitos lançamentos tem gerado discussões, mas enquanto não testarmos bastante não vamos definir quais serão as ‘de linha’”, acrescenta ele, que vê como vantagem poder reproduzir – ou pelo menos se inspirar – em um sem número de bons rótulos de outras cervejarias que já passaram por suas chopeiras.

Mas a opção por se tornar um brewpub não se deu apenas para proporcionar uma nova experiência que atenda à expectativa do consumidor. Depois de um estudo de viabilidade, os números mostraram que fazer o próprio chope seria um bom negócio para o Capitão Barley, segundo Amílcar.

“Os chopes de outras cervejarias, mesmo das recém-criadas, chegam com valores muito altos ao ponto de venda”, avalia. “Foi um caminho natural. Depois de anos no mercado sabemos quanto custa pra produzir, para distribuir, compreendemos quanto ganha cada participante da cadeia. Então, fizemos as contas e vimos que tínhamos muita chance de sucesso financeiro se produzíssemos aqui.”

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