fbpx
breaking news New

Ação da Corona retira 300kg de óleo de praias e alerta para desastre ambiental

óleo
Parceira da Parley for the Oceans em iniciativas de limpeza de praias, marca liberou os funcionários de suas atividades para retirar o óleo

Enquanto figuras proeminentes do governo federal têm demonstrado mais preocupação em realizar declarações que parecem buscar tirar o foco da gravidade da contaminação por óleo das praias do Nordeste brasileiro, uma parcela da sociedade civil tem se mobilizado para ajudar a conter os efeitos danosos que essa degradação pode trazer ao ecossistema.

Tornaram-se comuns as cenas de populares, unidos meramente pela consciência ambiental, trabalhando na limpeza das praias de modo voluntário. Essa mobilização também chegou ao setor cervejeiro, com a Corona se juntando a parceiros para contribuir em ações de retirada de óleo de praias nordestinas.

Parceira da Parley for the Oceans em diferentes iniciativas de limpeza de praias, a Corona liberou os funcionários de suas atividades na última quinta-feira, em uma ação coordenada com o Ibama. E diz ter retirado 300 quilos de óleo das praias ao apresentar um balanço das atividades, que também contou com a participação da Carva, da ONG Salve Maracaípe, além das agências Califórnia e LK.

Leia também: Carlsberg está próxima de lançar a primeira garrafa de papel do mundo

“Estávamos acompanhando a situação e sabíamos que podíamos e precisávamos ajudar a tentar remediar o cenário preocupante no qual as praias nordestinas se encontram pelo óleo representar uma ameaça ao ecossistema a esses mares e ao ecossistema marinho”, afirma Arnaldo Garcia, que atua no marketing da Corona, ao Guia.

A ação com a participação da Corona se deu em duas praias. Uma delas foi a Praia do Pau Amarelo, localizada no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Lá, 135 funcionários da cervejaria, além de 30 voluntários de empresas parceiras, atuaram por mais de 4 horas na limpeza. A atividade se repetiu no Sergipe, na Praia Coroa do Meio, em Aracaju. Nesse caso, a ação mobilizou 61 pessoas, sendo 51 funcionários e dez voluntários parceiros.

Encerrado o trabalho nessas praias, os EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual – como botas, pás e sacos especiais para recolhimento dos dejetos,  em um total de mais de 300 itens, foram doados pela marca da Ambev e sua parceira para as equipes do Ibama, que darão prosseguimento da limpeza das praias nos próximos dias.

Mobilização
Diante da devastação da tragédia ambiental que atingiu as praias do Nordeste, a ação da Corona representa, evidentemente, apenas uma pequena parcela das atividades que devem ser realizadas para limpar as praias e precisam ser lideradas pela administração pública. Mas a cervejaria também acredita que a sua participação pode ajudar a comover e a mobilizar outras empresas privadas para a importância desse mutirão, para minimizar danos para a fauna e a flora.

Publicidade

 “A Corona quer proteger os paraísos naturais e não poderia deixar de se mobilizar frente a essa grande tragédia que assola praias brasileiras. Sabemos que este é apenas um passo que estamos dando, mas com esse movimento queremos mobilizar outras marcas e empresas a se envolverem para combater uma das maiores tragédias ambientais do país, que vai deixar um impacto enorme em nossos paraísos, prejudicando todo o ecossistema durante anos”, aponta Abílio Sacarechio, diretor-geral da Cervejaria Ambev no Nordeste.

A contribuição da Corona no processo de limpeza das praias possui relação com outra atividade desenvolvida pela marca. Com uma série de ações já desenvolvidas, a cerveja e a Parley the Oceans têm atuado globalmente no combate ao plástico nos oceanos desde 2017, em um projeto denominado Corona x Parley. Agora, diante do desastre ambiental que atingiu as praias do Nordeste, ela entendeu que suas atividades precisavam ir além.

“O projeto Corona x Parley tem como objetivo central combater a poluição de paraísos naturais gerada pelo plástico, mas a Corona não poderia deixar de se mobilizar frente a essa grande tragédia que assola praias brasileiras”, comenta Arnaldo Garcia.

Além disso, a Corona tem a “vida na natureza” como uma das suas estratégias de marketing, com campanhas para que as pessoas se desliguem do mundo online, e também patrocina expoentes do surfe, como Gabriel Medina. Assim, no momento em que as atenções se voltam para a contaminação do oceano, parece ser óbvio a adoção desse tipo de iniciativa, pois a tragédia coloca em risco a vida no mar e conceitos ligados a ela.

“A Corona é uma marca que nasceu na praia e está sempre levando seus consumidores a aproveitarem o melhor de se estar perto do mar”, lembra o profissional de marketing da marca.  “Ao nos depararmos com essa tragédia, entendemos que, como um projeto que está focado em proteger os mares contra ameaças a sua existência, poderíamos e precisaríamos nos envolver e, assim, fixarmos nosso compromisso de cuidar dos nossos paraísos naturais.”

O desastre
A contaminação das praias pelo óleo se iniciou no fim de agosto, em um derramamento que ainda não teve a sua origem descoberta, embora a principal suspeita seja que tenha vindo de um navio petroleiro.

De acordo com o Ibama, mais de 230 praias em cerca de 90 cidades do Nordeste foram afetadas pela contaminação, como importantes centros turísticos, casos de Maragogi (RN), Morro de São Paulo (BA), Pipa (RN) e Porto de Galinhas (PE), entre outros.

Órgãos públicos como a ANP, o Ibama, a Marinha, a Petrobras, além de entidades estaduais e municipais, têm atuado para minimizar os impactos no ecossistema, com ações de monitoramento ambiental e gestão de emergência.

A avaliação de especialistas, porém, é de que essas iniciativas têm sido lentas e tímidas, tanto que nem um gabinete da crise foi montado para unificação das operações.

Além disso, declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio-Ambiente Ricardo Salles têm contribuído mais para o acirramento de debates políticos ultrapassados, atacando instituições importantes como o Greenpeace, do que para buscar uma solução unificada que minimize os danos para o ecossistema. E, em abril, o governo federal deu fim a dois comitês que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água.

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password