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Carlsberg e AB InBev se envolvem em casos de corrupção na Índia

índia
Segunda e terceira maiores cervejarias da Índia enfrentam acusações de pagamento de propina e de sonegação de impostos

A Índia está se revelando um “campo de batalha” hostil para grandes cervejarias globais. Nessa semana, duas delas – Carlsberg e AB InBev – receberam duros golpes na briga pelo mercado do segundo país mais populoso do mundo. Golpes esses que vêm em reação a suspeitas de má conduta adotadas por elas.

O jornal dinamarquês Berlingske revelou em reportagem que altos executivos da subsidiária indiana da Carlsberg, terceira maior cervejaria atuando na índia, teriam feito “pagamentos sistemáticos de propina para certos funcionários públicos”.

Leia também: AB InBev é proibida de vender cerveja na capital da Índia

Os pagamentos mensais tinham como objetivo usufruir de mais rapidez em processos regulatórios e influenciar em regulamentações de modo a beneficiar a Carlsberg indiana. O jornal alega ter registros de mais de 200 pagamentos feitos no período de 18 meses, entre 2015 e 2016.

A matriz da companhia dinamarquesa, em nota, afirmou que em 2017 já tinha tido contato com o assunto, quando um ex-funcionário teria afirmado possuir informações sobre o esquema e pediu US$ 2 milhões em chantagem para não revelar o caso à imprensa.

Segundo o porta voz da companhia, investigações internas não trouxeram evidências dos crimes. Agora, a Carlsberg vai pedir informações ao jornal para mais uma auditoria que possa revelar detalhes.

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AB Inbev
No caso da AB Inbev, uma suspensão dos direitos de vender cerveja na capital Nova Déli, determinada pela justiça local em julho, foi reiterada nessa semana com a negação da apelação apresentada pela companhia.

A legislação de Nova Deli exige que as garrafas de cerveja tenham códigos de barras únicos, para que as autoridades sejam capazes de rastrear o pagamento ou não de impostos locais. Mas, em 2016, uma inspeção policial no varejo encontrou garrafas de marcas da SABMiller que, em tese, deveriam estar em armazéns da cervejaria.

Leia também: AB InBev perde batalha contra a MillerCoors na “guerra do xarope de milho”

Meses depois, outra inspeção detectou garrafas com códigos de barra idênticos, o que teria configurado fraude fiscal. Como a marca foi comprada pela AB InBev naquele ano, o problema foi transferido para ela.

Além da derrota judicial, a multinacional pode responder também criminalmente pelo fato. Agora, a prefeitura da capital da Índia solicitou à polícia local investigações mais incisivas.

“Considerando a gravidade da ofensa, é de se esperar que uma punição mais dura e exemplar do que a suspensão se justifique nesse caso”, diz um documento enviado pelas autoridades locais à polícia no mês passado.

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