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Entrevista: “Queremos transformar SP na capital da cerveja artesanal em 3 anos”

Idealizador da Semana Paulistana da Cerveja Artesanal, Renato Paiva explica como o evento pode mudar o mercado cervejeiro em SP

A partir do próximo dia 15, até 24 de novembro, acontece a primeira Semana Paulistana da Cerveja Artesanal. O evento terá mais de 500 atividades em 60 estabelecimentos por toda a capital paulista, alguns muito conhecidos do público cervejeiro, como Beer4U, Brew Dog, Cervejatorium, Cerveja Avós, Frangó, Perro Libre e Tarantino (confira aqui a programação completa do evento).

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E a iniciativa faz parte de uma ambiciosa estratégia: transformar São Paulo na capital da cerveja artesanal nos próximos três anos. É o que conta Renato Paiva, idealizador do evento, em entrevista exclusiva ao Guia. “A nossa meta é em 3 anos transformar a cidade de São Paulo em capital da cerveja artesanal. Nesse primeiro ano a ideia é que os paulistanos conheçam o evento, e pretendemos crescer para os próximos dois anos”, explica Renato.

A estratégia, claro, parte da concepção que São Paulo pode explorar melhor seu potencial cervejeiro. A lei de zoneamento da cidade, as licenças exigidas e os alto custo imobiliário dificultam a operação de cervejarias dentro dos limites do município. Nos últimos 150 anos, apenas 3 marcas operaram dentro da cidade: a Antarctica, na Mooca, a Brahma, no Paraíso, e atualmente a Tarantino, no Bairro do Limão.

Mas, mesmo assim, o varejo cervejeiro tem se desenvolvido muito na capital paulista. Cada vez mais surgem estabelecimentos especializados na venda de artesanais, como bares, lojas, empórios e brewpubs. Há também crescimento das brewshops e das escolas que ensinam sobre cerveja.

Renato Paiva, idealizador do evento

Assim, com idealização e produção da agência Dragon Live, além do apoio da Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura de São Paulo, a primeira Semana Paulistana da Cerveja Artesanal quer mudar o status cervejeiro da cidade e transformar São Paulo em uma importante capital cervejeira do Brasil.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Renato Paiva, diretor da Dragon Live e idealizador da Semana Paulistana da Cerveja Artesanal.

Como foi criado o evento?
Temos muita experiência nesse tipo de evento. Desde 2009 fazemos o Festival de Inverno da Cantareira (FICA), onde reunimos mais de 150 estabelecimentos, entre bares, restaurantes, hotéis, parques, privados e não privados. Cada um desenha a sua própria programação e a gente embala o evento todo, oferecendo cerca de mil atividades. A Semana da Cerveja segue o mesmo modelo, mas focada no segmento cervejeiro. Fizemos um mapeamento de toda a cadeia cervejeira em São Paulo, com bares, lojas de insumos, escolas, brewpubs, cervejarias e outras empresas que trabalham nesse segmento. Convidamos todos para fazer parte desse nosso evento.

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E de onde veio a inspiração para fazer a semana?
A gente tem uma motivação pessoal para fazer a semana: eu e minha equipe na produtora somos fãs de cerveja artesanal. Em 2013 fizemos um grande evento chamado Beer Experience e, desde então, tínhamos a vontade de voltar a fazer algo focado em cerveja artesanal.

Qual é o conceito da Semana Paulistana da Cerveja Artesanal?
É levar uma experiência diversificada e atrativa ao público. Iremos oferecer mais de 500 atividades aos visitantes. Os próprios estabelecimentos criaram suas agendas, dentro de um pacote de ideias que definimos, com o objetivo de não ter só desconto em cervejas, mas também oferecer cursos e harmonizações com personalidades do meio. O legal é que todos entenderam o conceito e não criaram apenas promoções; os estabelecimentos participantes estão oferecendo experiências bem interessantes e diversificadas.

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Você acha que cidades como Porto Alegre e Belo Horizonte possuem uma cultura cervejeira mais desenvolvida do que a cidade de São Paulo?
Eu não vejo dessa forma. Eu acho que a percepção acaba sendo essa porque São Paulo tem muito mais habitantes do que essas outras cidades, mas nós temos uma cultura cervejeira muito desenvolvida aqui. Nós, paulistanos, fomos os primeiros a criar eventos cervejeiros, a colocar a cerveja artesanal em food parks e dentro de outros tipos de eventos e, depois, isso se espalhou para outras cidades. Nós temos na capital muitos bares especializados e brewpubs em todas as regiões da cidade.

E o que falta para consolidar essa cena cervejeira?
O que está faltando é um movimento conjunto para trazer mais seguidores para a cerveja artesanal. Não adianta fazer uma comunicação somente para os beer geeks e esquecer do público em geral. Todo mundo reclama muito da Ambev, mas achei espetacular o filme que eles lançaram recentemente, porque um leigo que assiste entende os processos, as escolas, e o filme foi transmitido na TV Globo. Da nossa parte, na Semana da Cerveja estamos levando cursos, aulas, explicações e bate-papos para dentro dos bares, o que ajuda muito o segmento a crescer.

O que você espera do futuro da Semana Paulistana da Cerveja Artesanal?
A nossa meta é em 3 anos transformar a cidade de São Paulo em capital da cerveja artesanal. Nesse primeiro ano a ideia é que os paulistanos conheçam o evento, e pretendemos crescer para os próximos dois anos. Em dezembro lançaremos o Guia Beer Street SP, que será o primeiro guia cervejeiro da cidade de São Paulo e terá edições anuais, nas bancas, lojas e internet. O nosso planejamento é transformar a Semana Paulistana da Cerveja Artesanal em uma das mais importantes do mundo. Mas já nesse ano será uma grande festa da cerveja, a cidade vai parar para falar de cerveja, estaremos na pista.

1 Comment

  • Nivaldo Martins de Oliveira Reply

    18 de novembro de 2019 at 23:28

    Temos potencial para isso, falta dar continuidade , o público exige cerveja boa, tem muito para crescer

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