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Festas, apoio a catadores e ajustes: Como o setor lida com ausência do carnaval

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Setor cervejeiro adaptou planos de produção e programou eventos em bares para o período do recesso

Iniciado oficialmente neste sábado, o período de carnaval não repetirá, novamente, a folia de outrora em 2022. Afinal, não haverá celebrações nas ruas pelo segundo ano consecutivo, assim como os desfiles de escolas de samba foram adiados para abril em São Paulo e no Rio de Janeiro. As restrições, adotadas em função do aumento de casos da variante Ômicron do coronavírus, forçaram a adoção de adaptações pela indústria cervejeira, pelas marcas e pelo público.

Raramente, é verdade, o consumo de cervejas artesanais se dá em meio a blocos no carnaval de rua, que normalmente tem grandes marcas como patrocinadores oficiais, o que, em alguns casos, inclusive, restringe a venda de outros rótulos, a não ser aqueles dos apoiadores. Porém, representantes de algumas microcervejarias reconhecem a existência de impactos pela menor movimentação da população nas cidades com a falta de celebrações abertas e populares.

Leia também – Inflação causa mais troca de cerveja do que reduz consumo, aponta Kantar

“Nossas projeções já foram ajustadas para o cancelamento do carnaval. Apesar do impacto em volume, acreditamos que a decisão foi acertada e esperamos que, em breve, possamos comemorar juntos o fim da ômicron”, afirma Alida Walvis, CFO da Hocus Pocus, uma das marcas icônicas do segmento de artesanais no Rio de Janeiro.

É um cenário semelhante ao percebido pela Louvada, cervejaria de Cuiabá. Seu sócio e diretor-geral, Gregório Balarotti, avalia que o cancelamento de qualquer festividade do calendário, mesmo aquelas que não causam tanto impacto na atividade das artesanais, traz efeitos negativos para quem atua no segmento, com a redução dos volumes vendidos.

“O carnaval nunca foi um evento de muita venda no nosso caso. Mas sim, qualquer evento, confraternização, reunião que seja cancelado ou adiado, atrapalha nossa performance. Somos uma empresa que busca gerar reuniões, alegrias e experiências para nossos clientes”, diz.

Carnaval com rock?
Como a realização de eventos privados estão permitidos nesse período do carnaval, algumas marcas atuantes no setor cervejeiro aproveitaram para incrementar a programação dos seus estabelecimentos no período de recesso. De Santo André (SP), a Madalena preparou um evento na sua fábrica-bar, que se iniciou na sexta-feira e irá até a próxima terça.

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O CarnaRock conta com apresentações musicais diárias, a partir das 13 horas. A casa tem 20 torneiras de chope e a entrada custará R$ 20 no sábado e R$ 10 no domingo, sendo gratuita na segunda e terça-feira.

“Mesmo sem o carnaval de rua, muitas pessoas gostam de aproveitar os dias de folga para passear com os amigos, com a família e se desconectarem um pouco das preocupações do dia a dia. A cervejaria tem amplo espaço, com bebida de primeira, gastronomia e música boa para soltar a voz e celebrar a vida”, afirma Renan Leonessa, diretor de marketing da marca.

Em Belo Horizonte, o Porks realiza, também, o seu “carnarock”. São 30 shows nas suas duas unidades, em eventos que começaram na segunda-feira e vão até 6 de março.

Por lá, até domingo, acontece o Carnaval Neon, com monitores pintando os participantes com tintas fluorescentes, além de também haver máscaras típicas do carnaval de New Orleans. Já o período entre os dias 2 e 6 será dedicado à “ressaca do carnaval”.

Apoio a catadores
Mais, porém, do que cervejarias e foliões, a ausência do carnaval nas ruas afeta, principalmente, a vida daquelas pessoas que dependem da renda obtida com as latinhas e outras embalagens coletadas para posterior reciclagem – estima-se que são 800 mil. Por conta disso, a Ball Corporation se juntou à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis para prestar algum auxílio.

Junto ao ator e humorista Rafael Portugal e aos blocos Galo da Madrugada, Mulheres de Chico e Timbalada, a Ball convida o público para sugerir músicas que vão compor playlists no Spotify, incentivando o público a aproveitar o feriado longe das multidões. Cada música sugerida nos comentários dos posts oficiais da campanha nas redes da Ball e do humorista equivale a R$20 em cestas básicas que serão doadas para os catadores das principais praças do carnaval no país

Já os blocos Galo da Madrugada, Mulheres de Chico e Timbalada atuarão como influenciadores, incentivando as doações por meio de suas próprias redes sociais. A doação total da campanha pode chegar a R$ 150 mil, sendo destinada à compra de cestas básicas para cooperados das capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

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