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Guerra comercial entre EUA e China pode afetar mercado de cerveja

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Após China impor US$ 75 bi em tarifas,Trump respondeu ameaçando taxar o alumínio, amplamente usado pelas cervejarias

A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode, mais uma vez, ter consequências no mercado de cerveja. As recentes ameaças do presidente Donald Trump de aumentar os impostos para produtos chineses podem encarecer o alumínio, amplamente usado pelos norte-americanos como embalagem de cervejas.

Na última sexta-feira, o presidente dos EUA anunciou pelo Twitter sua intenção de arrecadar mais de US$ 550 bilhões aumentando as taxas sobre produtos chineses nos próximos dois meses. Os planos de Trump previam o aumento de 10% a 15% nas tarifas de uma série de produtos, enquanto outros podem chegar a 25% ou 30%.

A medida vem como resposta ao anúncio do governo chinês de taxar produtos norte-americanos em US$ 75 bilhões a partir de outubro – o que Trump interpretou como uma manobra de motivação política.

Leia também: Cadeia cervejeira demite 40 mil nos EUA por culpa de taxa de Trump

De acordo com o Beer Institute, a indústria cervejeira desembolsa hoje US$ 347 milhões por ano em impostos, grande parte desse valor referente à importação. Em comunicado, Jim McGreevy, CEO do Beer Institute, ressaltou que tarifas adicionais afetariam a todas as cervejarias do país que usam latas.

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“Só no ano passado, as cervejarias norte-americanas pagaram US$ 250 milhões em impostos sobre importação de metais que não deveria existir”, afirma ele. “Essas novas tarifas só aumentarão ainda mais os custos e colocarão em risco empregos que dependem da próspera indústria cervejeira do país.”

Já o presidente da Brewers Association (BA), Bob Pease, disse que a entidade continua trabalhando junto a parlamentares e ao mercado para frear a medida. “Latas de alumínio representam um terço da capacidade de envase do país, e estamos tentando deixar claro o impacto e a dificuldade que isso vai causar a sete mil cervejarias pequenas e independentes”, aponta.

Segundo Bob Pease, o setor importa 150 milhões em folhas de alumínio anualmente. “Adicionar 10% ou 15% a esse número não é algo pequeno”, avalia o presidente da BA.

Esperança
Depois de instaurada a polêmica, o presidente norte-americano baixou o tom nesta segunda-feira durante a reunião do G7, grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo, que acontece em Biarritz, na França.

À imprensa internacional, Trump disse que não tem “planos concretos” para o assunto, enquanto líderes do governo Xi Jinping afirmaram que a guerra comercial não beneficia nenhum dos países. Também pelo Twitter, Trump amenizou dizendo que “as conversas continuam”.

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