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Mudança de paradigmas deve remodelar indústria cervejeira em 2020, diz Abrabe

Para Cristiane Foja, presidente da Associação Brasileira de Bebidas, consumidor passará a exigir cervejas com mais qualidade

O cenário de expansão da indústria cervejeira no ano passado, ratificado pelo crescimento da fabricação de bebidas alcoólicas, pode se repetir em 2020 a partir de um cenário de alteração no modo como o consumidor passou a enxergar o segmento em tempos recentes. Essa avaliação que aponta a mudança de paradigmas como uma oportunidade de crescimento para o setor é feita por Cristiane Foja, presidente-executiva da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).

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“O consumidor brasileiro passou a observar mais atentamente as características de todas as bebidas, seus modos de preparo, a harmonização com a gastronomia e os aspectos relacionados ao consumo moderado, e demanda por novas experiências sensoriais e mais qualidade”, afirma Cristiane, em entrevista ao Guia.

A tendência, assim, segundo ela, é que a indústria cervejeira sofra uma remodelação que irá reorganizar as marcas mais consumidas nos próximos anos. Mesmo entre os consumidores das grandes cervejarias, na análise de Cristiane, já houve uma readequação com a proliferação dos rótulos puro malte. 

“O crescimento da variedade de cervejas faz parte desse movimento, assim como a ‘revolução do puro malte'”, diz ela, reforçando que o setor deve passar por uma reorganização entre as marcas mais consumidas nos próximos anos.

“Estudo da Euromonitor (2018) revela que a penetração da cerveja no mercado nacional é de 90%. Com um número crescente de rótulos e um consumidor de cerveja mais entendido e exigente, a expectativa é de que essa base de 90% se reorganize nos próximos anos”, acrescenta.

Assim, a tendência é que cervejas que invistam em qualidade, com algum enfoque na gastronomia, ampliem sua participação no mercado cervejeiro em 2020, aposta Cristiane.

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2019 de crescimento
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira apontaram que, ao contrário da indústria nacional, que desacelerou em 2019, a produção de bebidas alcoólicas apresentou alta de 4,8% no ano passado. Além disso, teve crescimento nos últimos quatro meses.

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Na avaliação da Abrabe, a expansão veio acompanhada da consolidação da mudança no modo como o cervejeiro tem consumido a bebida, algo que representa uma oportunidade para a expansão do setor.

“2019 confirma um movimento no consumo da cerveja que já vem acontecendo nos últimos cinco anos: uma revolução no olhar do brasileiro diante das possibilidades de consumo das cervejas. Tudo se ampliou. Hoje há inúmeros estilos, produtos, combinações e até mesmo uma proximidade da cerveja com a gastronomia. O consumidor também descobriu as cervejas especiais”, comenta Cristiane.

A presidente da Abrabe lembra, ainda, um estudo encomendado pela associação para comprovar como esse novo perfil do consumidor veio, de fato, para reestruturar a indústria cervejeira.

“O ‘Estudo ABRABE: uma visão inédita do setor de bebidas’, encomendado pela associação à consultoria KPMG e apresentado em outubro de 2019, revelou que em 2017, por exemplo, foram lançadas 74 novas cervejas (de todos os tipos) no mercado”, aponta a presidente da Abrabe, para depois concluir.

“No mesmo período, outras 148 sofreram algum tipo de mudança, desde sabor até embalagem. Quanto às cervejas especiais, no total foram comercializados mais de 188 milhões de litros no país em 2018, quase quatro vezes mais do que em 2014. É uma tendência que veio para ficar”, finaliza Cristiane.

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