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Caso Backer: Contaminação pode ter começado em 2018, diz polícia

Segundo Polícia Civil, vítimas com os mesmos sintomas da síndrome nefroneural podem não ter recebido diagnóstico correto na época

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que irá estender o período da investigação sobre a intoxicação de pessoas por cervejas contaminadas com dietilenoglicol. O inquérito agora incluirá todo o ano de 2018 e de 2019, pois alguns registros encontrados indicam vítimas com os mesmos sintomas da síndrome nefroneural que podem não ter recebido diagnóstico correto na época. Até então, a investigação focava apenas no período de outubro de 2019 em diante.

Leia também – MP pede indisponibilidade dos bens da Backer para custear danos das vítimas

Os registros policiais desde 2018, levantados no inquérito, serão enviados à Secretaria de Saúde de Minas Gerais para identificação do histórico de atendimento médico das possíveis vítimas.

Com o aumento do período de investigação, o número de vítimas pode ser ainda maior do que o atualmente conhecido. Até agora, seis pessoas morreram e 28 estão em tratamento com sintomas da síndrome nefroneural, possivelmente causada pela ingestão de dietilenoglicol que estava nas cervejas contaminadas da Backer.

De todos estes 34 casos notificados, apenas quatro foram confirmados com intoxicação pela substância. A demora se deve ao fato da falta dos reagentes que identificam a contaminação no sangue das vítimas.

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Dificuldades na investigação
O delegado Flávio Grossi, responsável pelo inquérito, informou que já foram ouvidas 39 testemunhas. O estado de saúde das vítimas, contudo, segundo ele, dificulta os depoimentos.

“Muitas estão em situação muito complexa, com limitações físicas graves, sendo que algumas não conseguiram sequer comparecer à delegacia para prestar depoimento quanto ao tempo e ponto de consumo da cerveja”, explicou o delegado.

De acordo com Grossi, o trabalho da polícia concentra-se em identificar como as cervejas da Backer foram contaminadas – e quem são os responsáveis por isso. “O que se pretende é chegar às causas dessa contaminação. Por ora, não descartamos qualquer possibilidade.”

Já o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt, avalia ser incomum a intoxicação por dietilenoglicol no mundo. “Portanto, é razoável que o Instituto de Criminalística não tenha um estoque grande dos reagentes. Estamos diante de uma situação extremamente rara”, defendeu ele.

Bittencourt esclareceu, ainda, que um novo lote de reagentes chegou na semana passada e que agora haverá celeridade nos exames, inclusive para identificar também a presença de monoetilenoglicol. A polícia também informou que fez o pedido de compra dos reagentes necessários no dia 13 de janeiro de 2020.

Na última sexta-feira, técnicos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que investigam o caso, voltaram à cervejaria Backer, em Belo Horizonte, buscando mais informações sobre procedimentos técnicos e administrativos da empresa.

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