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Lei dos Cervejeiros: Entenda como Niterói se tornou um polo das artesanais

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Equipe envolvida na criação do Selo Niterói Cervejeiro, uma das iniciativas da lei que pode ajudar Niterói a se recuperar economicamente

Quando se unem, setor público e privado têm colhido excelentes resultados na indústria cervejeira. Se Belo Horizonte pode se tornar a Bélgica Brasileira depois de uma ação da prefeitura local, Niterói não deixou por menos: criou recentemente a Lei 3.288/2017, mais conhecida como a Lei dos Cervejeiros.

Apresentada no ano passado e oficialmente regulamentada em março deste ano, a lei foi criada com o apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Entre outras iniciativas, a Lei dos Cervejeiros institui as diretrizes para a concessão do Selo Niterói Cervejeiro, libera a instalação de microcervejarias em todo o território do município e prevê que os eventos promovidos pela Prefeitura de Niterói possam incluir espaços próprios destinados à comercialização e promoção das cervejas locais.

A cidade, assim, que já conta com excelentes cervejarias como a Noi, a Matisse, a Máfia e a Oceânica, entre tantas outras, caminha com solidez para se tornar definitivamente um celeiro carioca das artesanais.

“Na cidade de Niterói havia apenas uma cervejaria. Hoje contamos com quase vinte cervejarias artesanais em nosso Município, inclusive funcionando de maneira colaborativa em um mesmo espaço”, relata Gabriel Mello Cunha, subsecretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade da cidade, ao Guia da Cerveja.

“Com o aumento do número de brewpubs e cervejarias artesanais houve um aquecimento crescente do setor”, acrescenta.

Teoria e prática
Para conceber um projeto que beneficiasse o setor, Gabriel conta que houve um trabalho específico para detectar outras ações similares realizadas anteriormente. Seis cervejeiros, inclusive, participaram desse processo e auxiliaram na ponte entre o setor público e o privado.

“Selecionamos as melhores leis de cervejaria artesanal do Brasil e do mundo, para verificar como podemos aplicar uma norma que contribua com o desenvolvimento sustentável desse setor promissor em nosso Município”, explica.

Gabriel Mello Cunha: a microcervejaria é sustentável economicamente

Da teoria, por sua vez, o projeto passou à prática. O subsecretário aponta que ocorreu a “criação de um grupo executivo com membros da administração pública e de cervejeiros no intuito de ouvi-los e saber como contribuir no fortalecimento da economia circular”, além de ações para o fomento da cultura cervejeira, e até “celeridade e isenção” na obtenção da licença ambiental.

O resultado do projeto definitivamente caminha para agradar a todos os niteroienses. A iniciativa, segundo Gabriel, não apenas beneficiará o setor, como tende a minimizar a profunda crise “econômica” e de “desemprego” enfrentada pelo Estado do Rio de Janeiro. E, também, impede que as cervejarias deixem a cidade na procura de outros centros.

“Diante da crise econômica que o Estado do Rio de Janeiro enfrenta, os cervejeiros artesanais que estavam subindo a serra, retornaram para o Município de Niterói, aumentando o número de estabelecimentos e contribuindo para o crescimento da economia niteroiense, com oferta de serviços e produtos e empregando mão de obra local”, aponta Gabriel, antes de finalizar.

“A microcervejaria é uma atividade que, além de baixo impacto ambiental, é sustentável economicamente, socialmente e ambientalmente.”

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