fbpx
breaking news New

Grupo Petrópolis lança Braza Hops, primeira cerveja com lúpulo de Teresópolis

petrópolis lúpulo
Lançada pela Black Princess, novidade foi produzida com lúpulo plantado no Centro Cervejeiro da Serra, pertencente à Petrópolis

O sonho do lúpulo brasileiro está se tornando realidade. Nesta terça-feira, o Grupo Petrópolis anunciou o lançamento da Black Princess Braza Hops, primeira cerveja nacional produzida com lúpulo plantado no Centro Cervejeiro da Serra, em Teresópolis.

Leia também – Grupo Petrópolis aposta em “preço que o consumidor aceita” para ser competitivo

A Braza Hops é uma German Pils com corpo leve, cor dourada e espuma densa e intensa. Tem amargor e refrescância “na medida certa”, o que realça o aroma da bebida. Um aroma, aliás, intensificado porque o lúpulo foi adicionado ainda fresco na receita, em flor, o que ressaltou as características de frescor. O terroir do local – interações geofísicas da plantação – trouxe, ainda, uma nota herbal para o paladar final.

“Não é exagero dizer que estamos fazendo história. Se até pouco tempo era improvável ter produção de lúpulo em grande escala no Brasil, após muito estudo e trabalho estamos vendo que é possível”, destaca Diego Gomes, diretor industrial da Petrópolis e principal responsável pelo Centro Cervejeiro da Serra, espaço do grupo para estudo e experimento cervejeiro.

O lúpulo utilizado na produção da Braza Hops foi o primeiro do país a obter o termo de conformidade emitido com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, também, o primeiro a possuir nota fiscal de origem das plantas.

“O diferencial do lúpulo produzido no Brasil é o frescor e o aroma. O importado, utilizado hoje no país pela maioria das cervejarias, tem normalmente um ano de colhido”, explica o diretor da Petrópolis, para depois complementar.

“Ter um lúpulo produzido ‘no quintal de casa’ é sempre vantajoso por uma série de fatores como, por exemplo, o terroir do local, que são as interações geofísicas daquela região somadas às suas crenças e cultura. Isso traz uma particularidade nobre para o cultivo, tornando-o único e gerando valor”, diz Diego.

Publicidade

Com produção sazonal, a Braza Hops terá envase limitado de 2 mil unidades de long necks, com venda exclusiva no e-commerce Bom de Beer.

Lúpulo pioneiro
Feito em parceria com o Viveiro Ninkasi, o cultivo de lúpulo da Petrópolis começou em 2018 na fazenda do grupo, no Centro Cervejeiro da Serra, com 316 plantas – foram semeadas 10 espécies para testar a adaptabilidade de cada uma.

Em 2019, por sua vez, o cultivo cresceu e foi semeado um novo campo, desta vez com mais de 7 mil plantas. E, em 2020, a expectativa é de obter 800 kg de lúpulo seco, em um total de três hectares e duas colheitas por ano, em dezembro e março.

Na fazenda, conforme descreve o Grupo Petrópolis, foram usados tecnologia de ponta de agricultura, mulching israelense (cobertura de solo), sistema de irrigação automatizado e adubação com insumos altamente solúveis. “A equipe do Viveiro Ninkasi trabalha incansavelmente para a ‘tropicalização’ da planta, que é original do Hemisfério Norte, mas vem se adaptando bem ao clima da serra fluminense”, aponta a cervejaria.

Além do apoio do Viveiro Ninkasi, o Grupo Petrópolis mantém parcerias com a UFRJ e a UFRRJ (Rural) através de intercâmbio de geneticistas e alocação de estagiário dentro da fazenda para estudos e pesquisas. Existe, também, um projeto de melhoramento genético da planta em parceria com a UFRRJ e outro de “fotoperíodo” para melhorar a produtividade, já que o Brasil tem menos luminosidade do que a planta necessita.

E o resultado desse projeto, segundo descreve Diego Gomes, já foi festejado até pelos maiores especialistas em lúpulo do planeta.

“Na última colheita, em março, tivemos a honra de receber na fazenda alguns alemães da região de Hallertau, na Baviera, maior área de plantio contínuo de lúpulo do mundo. Eles ficaram muito impressionados com a experiência da nossa colheita. Disseram estar relembrando a infância e recordando como é essa tradição na terra deles. Ficaram emocionados e nos agradeceram muito.”

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password