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Abracerva aprova código de ética e terá instrumento para coibir preconceito

Documento teve aprovação unânime dos associados que participaram da Assembleia Geral da Abracerva

Diante da crise provocada pela divulgação de mensagens preconceituosas de figuras relevantes, o setor de cervejas artesanais respondeu rapidamente com a realização de uma eleição marcada pelo ineditismo da participação de duas chapas e com a implementação de um instrumento “para coibir casos como os que ocorreram neste ano”. E o último desses passos foi dado nesta terça-feira, quando a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) implementou o seu primeiro código de ética.

Por unanimidade, os associados presentes à assembleia geral extraordinária aprovaram o documento, concluindo um processo iniciado em agosto. “É um grande avanço para a associação e para o mercado cervejeiro. Agora a Abracerva e seus associados contam com um instrumento que norteará todas as relações entre a associação, seus associados e o mercado, com ferramentas para coibir casos como os que ocorreram”, afirma André Lopes, responsável pela redação do Código de Ética da Abracerva, criador do site Advogado Cervejeiro e colunista do Guia.

Leia também – Código de ética e ampliação do diálogo: Os passos iniciais da “nova” Abracerva

Após revelar o texto básico do documento em agosto, a associação abriu período de um mês para receber contribuições ao material que vai nortear decisões futuras da Abracerva. E, com as sugestões acolhidas, o código foi votado e aprovado na última terça. A assembleia também serviu para o estabelecimento de um comitê de ética.

Ficou definido que a comissão será composta por André Dutra (Dutra Beer), André Lopes, Patrick Bannwart (BR Brew), Paulão Silva (Brassaria Brasília) e Roberta Pierry (Sapatista).

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Novas regras
O documento apresenta preceitos para a relação entre os associados e o público em geral, além de pontuar questões relacionadas à diversidade, inclusão e equidade, entre outros temas. Também prevê as possíveis sanções e os ritos para avaliação das infrações.

E, em sua redação final, foram incluídos dispositivos sobre desagravo público, a Lei Geral de Proteção de Dados, uso indevido de propriedade intelectual e preservação do meio-ambiente, além de conteúdo de rótulos usados pelos associados. Os responsáveis pelo código também aprimoraram os artigos que tratam de diversidade e da inclusão de minorias.

Para André Lopes, o documento da Abracerva está entre os mais completos e modernos das associações nacionais. “O novo código de ética conta com dispositivos modernos. Arrisco a dizer que é um dos mais avançados entre todas as associações do Brasil, já que trata de diversidade, inclusão, equidade, anticorrupção e até da Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em setembro deste ano”, comenta o advogado.

A necessidade de se fazer um código de ética para a Abracerva surgiu após os inúmeros casos de preconceito que vieram à tona nos últimos meses no setor. No início de setembro, o então presidente Carlo Lapolli renunciou junto com toda a sua diretoria, após o vazamento de mensagens escritas no grupo de WhatsApp Cervejeiros Illuminati.

E a sua implementação pode ser considerada a primeira ação de peso da nova gestão da associação, eleita no último dia 15 para um mandato de dois anos. Assim, a aprovação do Código de Ética da Abracerva na sequência da eleição da Chapa Maturação, que definiu Nadhine França como presidente, conclui um “marco” para o setor superar as dificuldades encaradas pelo segmento em 2020, na avaliação de André Lopes.

“É um marco para o setor, que tanto sofreu este ano e que, nos últimos meses de 2020, poderá comemorar uma eleição com duas chapas (algo inédito) e um código de ética criado em conjunto e com a aprovação unânime dos associados.”

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