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Preço da cerveja cai no varejo e tem alta expressiva nos bares em maio

Com inflação relevante no último mês, cerveja nos bares já soma alta de 3,67% em 2023

Em maio, ficou mais caro beber cerveja nos bares, mas quem recorreu ao varejo pode ter encontrado preços melhores. Esse cenário foi observado com a divulgação nesta quarta-feira (7) dos dados da inflação pelo IBGE, com deflação da cerveja no domicílio, mas alta expressiva no valor do mesmo produto fora do domicílio.

A cerveja no domicílio, em geral comercializada no varejo, apresentou, em média, queda de 0,28% em maio, enquanto o item nos bares e restaurantes teve alta de 1,15%, um índice bem acima da inflação oficial do Brasil, o IPCA, que ficou em 0,23% no mês passado.

Leia também – 88% das cervejarias com débitos não deverão se livrar das dívidas em 2023

Essa deflação da cerveja no domicílio em maio fez com que a alta em 2023 caísse para 2,94%, praticamente idêntica ao IPCA, que está em 2,95% no ano. Mas ainda há uma grande disparidade no somatório dos últimos 12 meses: enquanto o produto no varejo segue com inflação de mais de 10% – agora em 10,19% -, a inflação oficial está em 3,94%.

A alta da cerveja comercializada em bares é mais do que o dobro do IPCA de junho de 2022 a maio deste ano, sendo de 7,95%, de acordo com o IBGE. Já em 2023, o índice fica em 3,67%.

Entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo IBGE, quem mais sofreu com a alta dos preços da cerveja foi o Rio de Janeiro. Por lá, a inflação do produto ficou em 2,17% fora do domicílio e em 1,63% no domicílio, sendo a maior alta do levantamento em ambos os cenários. Já as principais quedas foram registradas em Belo Horizonte, com deflação da cerveja no varejo (-1,13%), assim como aconteceu em Rio Branco, nos bares (-1,16%).

Outras bebidas alcoólicas
A alta mais expressiva do preço da cerveja fora do domicílio se repetiu com outras bebidas alcoólicas na comparação com o produto comercializado no domicílio, sendo de 0,64% em maio, acima dos 0,38% do mesmo item quando adquirido no varejo.

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Ainda assim, a inflação de outras bebidas alcoólicas é maior no varejo do que nos bares tanto em 2023 (7,46% x 6,08%) como ao longo do período de 12 meses (6,17% a 4,24%), segundo os dados divulgados pelo IBGE.

O instituto também relatou que o grupo alimentação e bebidas teve inflação de apenas 0,16% em maio, abaixo, portanto, da variação do IPCA. Em 2023, o indicador soma alta de 1,69%, sendo de 5,54% no período de 12 meses.

André Almeida, analista da pesquisa, ressalta que a pequena variação dos preços do grupo de alimentação e bebidas em maio teve relação direta com o recuo do IPCA, que havia ficado em 0,61% em abril. “Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”, diz.

Após um maio com alta dos preços nos bares e queda no varejo, é possível esperar que a cerveja fique mais cara no Brasil. De acordo com informações divulgadas pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, “a indústria cervejeira, liderada por Ambev e Heineken, já avisou aos diversos estados que hoje pensam em elevar impostos do setor para reforçar o caixa, que não consegue mais segurar o preço da bebida”. No ano passado, mais de uma dezena de estados elevaram o ICMS cobrado sobre a cerveja, com o aumento entrando em vigor em 2023.

Segundo a Folha, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), que representa a Ambev e o Grupo Heineken no Brasil, apresentou estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas mostrando que “desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção”.

À reportagem do Guia, o Sindicerv declarou que “não se manifesta sobre relações comerciais entre os fabricantes de cerveja e seus clientes – sejam distribuidores, redes varejistas, bares e restaurantes, especialmente no tocante à estratégia de preços”.

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