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Sertão Beer Fest chega para consolidar movimento cervejeiro na “área 017”

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No interior de São Paulo, cidade de Jales ganhou o Sertão Homebrewers, movimento que trabalha no fomento da cultura cervejeira local

O mercado brasileiro de artesanais segue ganhando novos e importantes integrantes. Localizada no estado de São Paulo e próxima às fronteiras de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, a cidade de Jales receberá neste sábado a 1ª Sertão Beer Fest.

O evento ocorrerá no pátio da Bier Lems Cervejas Especiais, na Rua México, 3286, e reunirá 14 expositores entre microcervejarias e paneleiros. A renda, aliás, será revertida ao projeto social Brincando e Aprendendo, da Associação de Judô Jalesense, e ao Lar Transitório.

Mais do que uma festa com cerveja e música de qualidade, a Sertão Beer Fest servirá para consolidar um importante movimento que une cerca de 60 cervejeiros da região, espalhados por cidades como Fernandópolis, Urânia, Ilha Solteira, Pereira Barreto, Mirassol, Aparecida D’Oeste, Santa Fé do Sul, Iturama e Auriflama, entre outras.

Espelhando o calor e o distanciamento da região em relação aos grandes centros cervejeiros, o movimento ganhou um divertido nome: Sertão Homebrewers. “Nosso grupo, o Sertão Homebrewers, foi uma idealização minha e do Ênio, um cervejeiro amigo nosso, da cidade de Três Fronteiras”, explica Marcelo Okajima, sócio-proprietário da Bier Lems, a primeira microcervejaria de Jales.

“Nos conhecemos aqui na cervejaria, ele virou meu cliente e começamos a conversar sobre cerveja artesanal, produção. Ele disse, então, que conhecia algumas pessoas que também faziam cerveja. E, aí, surgiu a ideia do grupo, para agregar pessoas da nossa região que falavam a mesma língua sobre cerveja”, acrescenta Marcelo.

E a criação do Sertão Homebrewers já começa a colher ótimos resultados. Se antes a cidade de Jales contava apenas com a Bier Lems e o TNT Pub Beer – um excelente bar que mescla artesanais, receitas inusitadas e rock de qualidade – como opções cervejeiras, hoje já se observa o surgimento de outros negócios locais.

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É o caso, por exemplo, da Casa do Cervejeiro, a primeira loja de insumos da região, recentemente inaugurada por Nelson Batista Neto. Já a Refrican, fábrica da cidade que fazia bebedores industriais e balcões refrigerados, passou a produzir chopeiras residenciais. E a cidade de Aparecida D’Oeste ganhou o primeiro brewpub, a Beer Pam.

“Desse grupo, já estão surgindo alguns negócios. Dá para dizer que é quase uma startup, um negócio que começou com a minha cervejaria e com esse grupo e, agora, está crescendo”, celebra Marcelo, brincando que se trata do movimento da área 017, em referência ao DDD da região.

Educação cervejeira
Mas não é apenas na fomentação de novos negócios que o Sertão Homebrewers tem atuado. Formado por pessoas com conhecimento bastante distinto entre si, o grupo ajuda a promover a educação cervejeira. “Uns conhecem mais da técnica, outros menos, então um ajuda o outro, troca conhecimento. Ajuda a crescer”, avalia o sócio da Bier Lems.

Não à toa, o grupo mira um importante passo adiante para os próximos meses: promover cursos que facilitem a troca de conhecimento. “A ideia de futuro do grupo é seguir promovendo esses eventos, organizar cursos para ajudar a difundir e a expandir a cultura cervejeira em nossa região. Até por isso a festa é feita aqui, na cervejaria, pois é um palco da cerveja artesanal da região.”

Um dos integrantes do grupo, aliás, é Luiz André Marqueti Rodrigues, o Luba, cervejeiro experiente e medalhista em importantes concursos nacionais. Com presença confirmada na 1ª Sertão Beer Fest, Luba vê o movimento com entusiasmo e promete auxiliar em sua consolidação.

“Vou participar desse encontro com o objetivo de transferir conhecimento, para ajudar a fomentar a cultura cervejeira em Jales, que foi a cidade onde cresci e passei minha juventude”, comenta Luba, hoje morador de Valinhos, antes de completar.

“Então, faço questão de transferir esse conhecimento em razão do tempo que tenho como cervejeiro – faço desde 2015 – e do polo onde me encontro, porque aqui temos acesso a mais coisas, a insumos, equipamentos, conhecimento. Consequentemente, espero poder ajudar a fomentar a cultura cervejeira da região de Jales.”

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