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Marcas premium e atenção à logística ditarão os rumos do setor, diz Euromonitor

Para Euromonitor, cervejas artesanais precisam investir em logística e vendas online para terem relevância

As marcas que investirem em logística terão mais êxito em um mercado que seguirá tendo o seu futuro moldado a partir do posicionamento das cervejas premium. Essa é a avaliação momentânea do setor no Brasil presente em relatório publicado pelo Euromonitor International sobre o mercado de cerveja. O trabalho também destaca que a bebida sem álcool veio para ficar.

Partindo do estudo dos números do mercado brasileiro de cerveja em 2020, o Euromonitor reconhece que o último ano foi desafiador para todas as indústrias. Mas o ponto definidor de posicionamentos dentro do segmento foi a acessibilidade. Algo que a líder global em pesquisas de mercado aposta que será ainda mais importante com o acirramento da disputa pelo consumidor.

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Mesmo que não esteja contemplado no relatório, o ano de 2021 tem sido marcado por mudanças na logística de uma das líderes do setor cervejeiro no Brasil: o Grupo Heineken, que assumiu a distribuição das suas principais marcas – Heineken e Amstel -, ainda que as demais sigam com companhias do Sistema Coca-Cola. E, recentemente, inaugurou um novo centro de distribuição no Rio de Janeiro.

“Ser capaz de entregar o produto ao consumidor final é sinônimo de permanecer relevante em um mercado cada vez mais desafiador e competitivo, especialmente levando em consideração o tamanho continental do país”, avalia o Euromonitor no relatório ao qual a reportagem do Guia teve acesso. “No futuro, isso vai se provar até mais relevante, à medida que a competição for reiniciada e a demanda voltar. A disponibilidade e o acesso serão as principais características do mercado.”

A empresa de pesquisas também destaca como dificuldades logísticas afetaram a operação das artesanais no ano passado. Para o Euromonitor, uma saída pode ser a venda de cerveja pelo sistema online.

“Em 2020, os produtores de cerveja artesanal sofreram muito porque muitos operam em nível regional e não foram capazes de se adaptar tão rapidamente quanto empresas maiores como Ambev e Heineken, que podem priorizar região, produtos e públicos-alvo. Para o mercado de cerveja, mas principalmente o movimento de cerveja artesanal, superar a logística será imperativo. Garantir uma presença no ambiente de comércio eletrônico para assegurar o compartilhamento online da prateleira é importante para a construção de um ambiente sustentável para a empresa”, aponta o estudo.

O Euromonitor também avalia que, embora tenham participação menor no mercado, as cervejas premium vão seguir ditando tendências no setor, especialmente pela maior resiliência do seu consumidor, algo que foi constatado durante os piores períodos da pandemia. E isso continuará modificando o segmento.

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“A receita e a resiliência do consumidor premium são maiores do que as dos consumidores de preço médio ou econômico e as expectativas de recuperação econômica do Brasil só fortalecerão essa tendência”, projeta o relatório, para depois acrescentar.

Ambev e Heineken são bons exemplos de como essa estratégia pode ter sucesso, com ambas as empresas investindo e tendo bons resultados com marcas core-plus ou seu portfólio premium. Também é importante fator que essas marcas premium muitas vezes têm um apelo de qualidade que afetará o portfólio e vai ajudar o mercado brasileiro a atingir padrões mais elevados

Relatório do Euromonitor

Cerveja sem álcool
O último ano também teve o lançamento da 0.0 da Heineken como uma das novidades mais relevantes. Para o Euromonitor, o sucesso dessa cerveja sem álcool no país reforça uma tendência de consumo nas ocasiões em que a bebida mais tradicional não tem espaço, como atividades físicas e trabalho.

“As principais características deste produto são a forma como pode ser comercializado para o mesmo público, devendo explorar novas ocasiões de consumo. Beber durante o trabalho, enquanto você se exercita ou quando dirige são ocasiões que não funcionam com as bebidas alcoólicas clássicas, mas neste novo produto podem ser totalmente exploradas. Tentar adequar o consumo de cerveja sem álcool a ocasiões sociais nunca deram certo no mercado brasileiro, com muitas marcas tentando fazer este produto funcionar, mas sempre com resultados duvidosos ou pobres”, destaca o relatório.

O Euromomitor alerta, porém, que a cerveja sem álcool só continuará conquistando mercado no Brasil caso um produto de qualidade seja sempre oferecido. “Um alto nível de controle de qualidade e inovação será exigido no futuro para aquelas empresas que querem explorar este mercado florescente e a concorrência vai crescer à medida que mais consumidores escolherem um estilo de vida mais saudável e versões sem álcool de bebidas alcoólicas clássicas”, conclui.

As 10 mais
O estudo do Euromonitor também traz estatísticas sobre o setor cervejeiro brasileiro. Confira, de acordo com a empresa global de pesquisa, quais foram as dez cervejas mais vendidas no país em 2020, com as suas participações no mercado:

1º – Skol21,5%
2º – Brahma17,4%
3º – Antarctica10,1%
4º – Itaipava8,3%
5º – Nova Schin6,8%
6º – Kaiser6,3%
7º – Crystal3,4%
8º – Bohemia2,9%
9º – Budweiser2,2%
10º – Heineken1,9%

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