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Não há dietilenoglicol na água da Backer, diz especialista da UFMG

Análise pedida pela Backer foi realizada pelo doutor e professor de química Bruno Botelho (na foto)

A Backer contratou uma perícia particular para avaliar algumas amostras de Belorizontina e da água da cervejaria. E o laudo desse estudo, divulgado nesta terça-feira por um especialista, apresentou uma grande contradição em relação aos resultados apresentados por peritos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A análise pedida pela Backer foi realizada pelo doutor e professor de química Bruno Botelho, coordenador do laboratório de produção e análise de cervejas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Amostras de água de quatro pontos diferentes da empresa foram enviadas pela Backer: da caixa d’água, de alguns tanques (não especificados), do trocador de calor e do restaurante anexo à cervejaria. “Não foi detectada a presença nem do mono nem do dietilenoglicol nessas análises de água”, avaliou Bruno.

O resultado contradiz o laudo do Mapa, que apontou contaminação por dietilenoglicol e monoetilenoglicol na água usada na produção de cervejas da Backer. Ao ser questionado sobre a divergência, o professor da UFMG disse que a diferença da metodologia de análises pode explicar os resultados distintos.

“Eu não posso afirmar com mais detalhes porque não conheço a metodologia do ministério, mas é uma questão de metodologia utilizada. Dentro do meu método eu não consegui identificar as substâncias. Possivelmente, por usar um método diferente, o ministério conseguiu detectar”, explicou.

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Após analisar amostras de 4 lotes diferentes de Belorizontina, por sua vez, Bruno concluiu que é muito difícil ter havido vazamento em algum ponto do processo de produção. Isso porque a concentração de dietilenoglicol encontrada nos lotes diminui ao longo da linha do tempo de produção – o lote mais antigo possui maior concentração, e o mais novo, menor.

“Esse perfil de declínio da concentração de dietlilenoglicol dificulta a gente a associar, por exemplo, a um vazamento. Se fosse um vazamento, a concentração permaneceria constante”, detalhou Bruno, apresentando um gráfico que demonstra esse declínio.

Reprodução do estudo que mostra queda da contaminação na cerveja ao longo do tempo

Em suas conclusões, o professor informou ainda que há uma dose mínima de dietilenoglicol para que o corpo humano seja intoxicado. Segundo ele, cada garrafa de 600ml de Belorizontina analisada possuía 4,98g de dietilenoglicol e, para contaminar uma pessoa de 70kg, seria necessária uma dose de 80g.

“Precisaria consumir aproximadamente 16 garrafas de 600 ml (para ser intoxicado), o que daria um volume final de 9,6 litros de cerveja”, completou o professor da UFMG.

1 Comment

  • Ivete Reply

    23 de janeiro de 2020 at 21:02

    O brasileiro e muito corrupto, eles trocam as tampinhas e o nome nas garrafas de cerveja, deveriam investigar, ir atrás e ver o caminho percorrido das cervejas que causaram as mortes e intoxicação.

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