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Fabricação de bebidas alcoólicas estagna em junho e fecha semestre com queda

No acumulado dos últimos 12 meses, fabricação de bebidas alcoólicas amarga retração de 6,8%

Depois de ter amargado baixa de 1,7% em maio, quando interrompeu de forma negativa dois meses seguidos de alta, a fabricação de bebidas alcoólicas estagnou em junho, na comparação com o mesmo período de 2021. O índice de 0,0%, que representa a repetição do ritmo de atividade de junho do ano passado, foi divulgado nesta terça-feira (2) pelo IBGE.

Com essa estagnação, a fabricação de bebidas alcoólicas fecha o semestre com recuo de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Para completar, no acumulado dos últimos 12 meses amarga retração de 6,8%.

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A queda de 3,1% no semestre também é maior do que a da produção industrial brasileira nos seis meses iniciais de 2022, que foi de 2,2%. Ainda assim, o desempenho da fabricação de bebidas alcoólicas em junho foi melhor do que o da indústria nacional, que contabilizou queda de 0,5% no comparativo com o mesmo mês de 2021 e de 0,4% na confrontação com maio passado, na série com ajuste sazonal.

Já a fabricação de bebidas não alcoólicas teve alta de 0,5% em junho no comparativo com o mesmo mês do ano passado. No semestre, o crescimento foi de expressivos 10,1% em relação ao mesmo período de 2021. E no acumulado dos últimos 12 meses, a alta está em apenas 0,3%.

A produção de bebidas em geral, que soma o total fabricado de alcoólicas e sem álcool, contabilizou alta de apenas 0,2% em junho na confrontação com o mesmo mês do ano passado. E no comparativo com maio passado, houve recuo de 0,8%. Já no semestre, a elevação foi de 2,9%, enquanto no amontoado dos últimos 12 meses ocorreu retração de 3,5%.

Em queda, indústria encolheu 2,8% em 12 meses
Além de acumular recuo de 2,2% no primeiro semestre do ano, a produção industrial brasileira geral amarga uma retração de 2,8% no período de 12 meses imediatamente anteriores a junho. E a queda de 0,4% frente a maio interrompeu sequência de quatro meses seguidos de expansão.

O IBGE ressalta que houve redução dos índices produtivos da indústria em três das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 26 ramos pesquisados. Desta forma, o instituto de pesquisa também enfatiza que o setor ainda está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entre as atividades investigadas, o IBGE informa que os principais recuos na produção industrial em junho foram dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de 14,1%, e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%).

Já entre os nove setores da indústria nacional que registraram altas em junho, os maiores impactos positivos foram exercidos por veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento de 6,1%, e indústrias extrativas, com elevação de 1,9%.

 “A indústria não havia recuperado a perda de janeiro (-1,9%) mesmo com os quatro meses de crescimento em sequência, período em que houve alta acumulada de 1,8%. Com o resultado de junho, há uma acentuação do saldo negativo no ano (-0,5%) quando comparado com o patamar de dezembro de 2021. Isso reflete as dificuldades que o setor industrial permanece enfrentando, como o aumento nos custos de produção e a restrição de acesso a insumos e componentes para a produção de bem final”, explica o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, que também aponta fatores que impactaram negativamente a indústria nacional.

“Há a taxa de juros elevada, a inflação que segue em patamares altos, a diminuição da renda das famílias e, ainda que a taxa de desocupação venha caindo nos últimos meses, há um contingente de aproximadamente 10 milhões de desempregados no país. A característica dos postos de trabalho que estão sendo criados aponta para uma precarização do mercado de trabalho e isso é refletido na massa de rendimento, que não está crescendo”, completa.

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