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Em ano com maior IPCA desde 2015, preço da cerveja aumenta 8,70%

Elevada inflação da cerveja em domicílio em 2021 inverteu tendência de altas pouco relevantes dos anos anteriores

Em um ano marcado pela volta da inflação elevada, a ponto de o índice oficial ter ficado acima dos 10%, o preço da cerveja no domicílio também apresentou alta expressiva e fechou 2021 em 8,70%, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.

A expressiva inflação da cerveja contrasta com os dados modestos de anos recentes. O item no domicílio teve deflação de 0,64% em 2018 e alta de 1,94% em 2019 e 2020, mesmo que há dois anos os itens de alimentação tenham sido o vilão do crescimento dos preços.

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No mês passado, a alta da cerveja foi de apenas 0,14%. Porém, ao terminar 2021 em 8,7%, teve inflação superior até mesmo do que a do grupo de alimentação e bebidas, que ficou em 7,94% após acelerar 0,84% em dezembro.

Os destaques negativos do grupo foram o café moído, que subiu 50,24%, e o açúcar refinado, que teve alta de 47,87% em 2021. “A alta do café ocorreu principalmente no segundo semestre, pois a produção foi prejudicada pelas geadas no inverno. Já o preço do açúcar foi influenciado por uma oferta menor e pela competição pela matéria prima para a produção do etanol”, afirma o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

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Essa alta do preço da cerveja em 2021 se deu, em parte, pela inflação dos insumos, algo que pressionou a indústria. Mas também se inseriu em um contexto de inflação generalizada, a ponto de o índice oficial, o IPCA, ter fechado o ano em 10,06%, após alta de 0,73% em dezembro. No ano passado, havia sido de 4,52%.

Com isso, ficou muito acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 3,75%, com um teto de 5,25%. Foi a maior taxa desde 2015, última vez em que a meta havia estourado. E o grupo de transportes, com alta de 21,03%, acabou sendo o que apresentou maior variação e impacto, de 4,19%, no IPCA de 2021.

“O grupo dos transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis”, explica Kislanov. “Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, complementa.

Já o preço da energia elétrica também apresentou impacto relevante sobre o IPCA ao subir 21,21% no ano passado. “Ao longo do ano, além dos reajustes tarifários, as bandeiras foram aumentando, culminando na criação de uma nova bandeira de Escassez Hídrica. Isso impactou muito o resultado de energia elétrica, que tem bastante peso no índice”, afirma Kislanov.

A inflação da cerveja fora do domicílio foi mais modesta em 2021, de 4,82%, após apresentar leve alta, de 0,09%, em dezembro. Por sua vez, as outras bebidas alcoólicas tiveram o seu preço influenciado diretamente pelo local de venda.

As demais bebidas alcoólicas apresentaram inflação de 2,71% em dezembro, terminando o ano em 1,93%. Fora do domicílio, o item teve deflação de 2,76% no mês passado, concluindo 2021 com baixa de 1,49%.

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