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Com aumento da área plantada no Paraná, Brasil tem safra recorde da cevada

Cereal cervejeiro apresentou expansão de 16% na sua produção em 2021, na comparação a 2020

O ano passado foi de recorde e recuperação para a cevada brasileira. Após enfrentar desafios em 2020, o país terminou 2021 com um balanço positivo da safra, que atingiu 434,6 mil toneladas, um número inédito e superior às 429,1 mil toneladas de 2019, o que representa um incremento de 1,6%. E, na avaliação de especialistas, com aumento da qualidade dos grãos.

O crescimento da safra da cevada foi ainda maior em relação a 2020, tendo registrado expansão de 16%. Uma ampliação da produção que tem relação direta com o aumento da área plantada no Paraná e o melhor rendimento médio nos cultivos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

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Concentrada nos três estados da região Sul do Brasil, a plantação de cevada da safra, afinal, só apresentou expansão da área no Paraná, de 16,5%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em comparação a 2020. Algo que se explica, de acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Aloisio Alcantara Vilarinho, pela alta dos preços de outros produtos, o que também incentivou o seu cultivo.

 “O aumento da área no Paraná se deu, sobretudo, em áreas que antes eram cultivadas com aveia e foi estimulado, em parte, pelos elevados preços do milho e do trigo, que beneficiaram também o preço da cevada”, afirma, ao Guia.

Esse crescimento da produção no Paraná ajudou a compensar a queda no rendimento médio das lavouras no estado, que apresentaram redução de 2,5%, algo provocado pelas geadas na região, assim como pela escassez de água, ficando em 4.154 kg/ha.

Mesmo assim, a maior parte do cultivo se concentrou no Paraná, com um total de 307,8 mil toneladas. Isso corresponde a 70,8% da safra total, além de um aumento de 13,6% em relação a 2020. Foi, também, um recorde de produção no estado.

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Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul apresentaram queda na área de cultivo da cevada, sendo de 50% em Santa Catarina e 2% no Rio Grande do Sul.  No caso dos dois estados, porém, as melhores condições climáticas em comparação ao Paraná contribuíram para aumentar a produtividade, em um rendimento que ficou 26% e 57%, respectivamente, superior ao ano anterior, de acordo com a Conab.

O rendimento médio, assim, ficou em 4.450 kg/ha em Santa Catarina e em 3.278 kg/ha no Rio Grande do Sul. “Esse incremento de produtividade propiciou aumento de produção no Rio Grande do Sul, em comparação à safra de 2020”, destacou Aloisio.

A produção do Rio Grande do Sul foi de 125,5 mil toneladas, com a catarinense ficando em 1,3 mil toneladas no ano passado. Números que estão bem distantes do auge da safra do cereal cervejeiro nesses estados, como lembra Aloisio. “Santa Catarina já chegou a produzir 41,9 mil toneladas de cevada em 1984 e o Rio Grande do Sul bateu seu recorde de produção em 1999, com 247,4 mil toneladas produzidas”, diz.

Área plantada e qualidade
Além do aumento da produção, a safra de 2021 da cevada apresentou incremento na área cultivada, chegando aos 112,7 mil hectares, uma expansão de 6%. A área plantada foi de 74,1 mil hectares (65,7%) no Paraná, 38,3 mil ha no Rio Grande do Sul (34%) e outros 300ha em Santa Catarina (0,3%).

Aloisio também destaca que a maior parte da cevada colhida em solo gaúcho atingiu nível suficiente para uso na cerveja, ainda que aponte alguns problemas encontrados em colheitas realizadas em novembro.

“Com relação à qualidade do grão, no Rio Grande do Sul, em torno de 81% dos grãos de cevada colhidos apresentaram qualidade para uso na malteação, sendo os 19% restantes destinados à alimentação animal. As primeiras lavouras colhidas, ainda no mês de novembro, foram as que tiveram maiores problemas com o excesso de umidade no final do ciclo da cultura, comprometendo a qualidade dos grãos”, afirma o pesquisador da Embrapa Trigo.

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