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Código de ética e ampliação do diálogo: Os passos iniciais da “nova” Abracerva

Chapa eleita promete conversar nos próximos dias com todos os associados para entender as suas demandas

Eleita na última quinta-feira, a nova diretoria da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) começou a articular as primeiras iniciativas dos seus dois anos de mandato. E elas passam por duas vertentes nesse momento: concluir o processo de implementação do código de ética da entidade e ampliar o diálogo e as conversas com os associados, as suas regionais e os demais atores do setor, incluindo os componentes da chapa derrotada na recente votação.

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A ideia da gestão eleita é iniciar, já nesta semana, o diálogo com todos os associados da Abracerva para entender as diferentes demandas do segmento. Essa ação também permitirá que a diretoria entenda quais temas das propostas da gestão devem ser priorizados nos passos iniciais do mandato.

“Em paralelo com a finalização do código de ética e da criação do comitê e da ouvidoria que dele derivam, já a partir do começo da semana entraremos em contato com cada um dos associados, adimplentes ou não, para discutir o programa que apresentamos e entender mais sobre a perspectiva de cada um. Entre todos os conselheiros e colaboradores, falaremos com um por um dos quase 800 associados que compõem o quadro da Abracerva enquanto convertemos nosso programa em planejamento”, detalha a nova gestão da Abracerva à reportagem do Guia.

Essas conversas também devem ajudar na implementação de uma das propostas mais importantes do programa da Maturação, a chapa eleita da “nova” Abracerva: a criação de núcleos. A ideia, de acordo com o programa apresentado antes da eleição, é ampliar as atividades do núcleo de diversidade e criar vários outros, como os de tributação, negócios e acadêmico. Assim, a articulação com os associados ajudará, inclusive, a encontrar profissionais capazes e interessados em contribuir com os diferentes eixos de atuação da entidade.

“Além de ser algo sem precedentes na história da associação, temos certeza que a abordagem nos ajudará a uma melhor priorização dos pontos do programa e também servirá para a captação de colaboradores para os diferentes núcleos que estão sendo criados”, explica a diretoria.

Ainda em busca do reforço do diálogo, os novos gestores da Abracerva também estão preocupados em aumentar o contato com as suas regionais. A ampliação das conversas se dará pela visão de que a entidade precisa aprofundar as ações locais, reforçando a sua presença nos diferentes estados.

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“Com o mesmo propósito, estaremos articulando com as regionais existentes para fazer ajustes necessários no planejamento e nas entregas da Nacional para um trabalho mais potente em cada estado. Vamos convocar reunião com as diretorias de todas as regionais existentes para marcar o começo de um período de aprofundamento do diálogo e de uma territorialização verdadeira do trabalho da nossa associação”, acrescenta a diretoria recém-eleita.

Em paralelo a esses diálogos, o Código de Ética da Abracerva será colocado em prática na próxima semana. Afinal, após ter o seu texto básico revelado em agosto, a associação colheu durante um mês contribuições ao material que vai nortear decisões futuras da associação. Agora, em 27 de outubro, realizará uma Assembleia Geral Extraordinária para votação e implementação do documento, além do estabelecimento de um comitê de ética e de uma ouvidoria.

A eleição
Realizada na última quinta, a eleição concluiu um processo iniciado fora do planejamento da associação. Afinal, a votação foi convocada após a renúncia de Carlo Lapolli à presidência da Abracerva, ocorrida no início de setembro, na sequência da divulgação de mensagens de teor preconceituoso escritas por ele em um grupo de WhatsApp. Além dele, renunciaram todos os demais membros da sua diretoria.

“O processo eleitoral acabou sendo realizado em um tempo curto justamente em virtude de não ter sido planejado, o que dificultou um pouco que se fizesse um grande e necessário debate entre associados sobre os fatos que desencadearam a renúncia da diretoria anterior. Como articulação, a gente se apoiou muito em relacionamentos prévios entre os integrantes do conselho recém-eleito e o reconhecimento de profissionais destacados do mercado para construir um grupo coeso”, aponta a diretoria recém-eleita.

Para derrotar a Colegiado Cervejeiro, a Chapa da Maturação recebeu 72% dos votos dos associados participantes da Asssembleia Geral. E definiu Nadhine França para assumir a presidência executiva da Abracerva, cargo que passou a exercer interinamente após a renúncia de Lapolli.

Além disso, Marcelo Paixão, da Verace, ocupará a coordenação do Conselho da Abracerva. Já o beer sommelier Jayro Pinto foi designado como novo tesoureiro da associação. E Ugo Todde, da Dümf, vai ser o secretário durante o período do mandato.

Ao contrário de eleições anteriores, essa foi a primeira em que a diretoria da Abracerva foi definida com uma disputa entre chapas. Um processo visto pela nova gestão como enriquecedor para o segmento cervejeiro, dando aos associados a possibilidade de optar pelo que consideram melhor para o futuro da entidade e do setor.

“Celebramos muito que, pela primeira vez na história da associação, tenhamos tido um pleito que não fosse decidido por aclamação. Foi muito rico que haja podido acontecer um debate e que tenhamos tido dois programas para que o associado pudesse refletir sobre a realidade e o futuro da Abracerva. É nosso compromisso agora buscar aproximação com os integrantes da Chapa 1, nossos colegas de setor e, sobretudo, pessoas dispostas a – como nós – dedicar voluntariamente seu tempo em prol do crescimento do mercado da cerveja”, conclui a nova gestão da Abracerva.

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