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Safra da cevada deve crescer 20% em área e ter qualidade em 2019, estima especialista

safra da cevada
Na avaliação de Euclydes Minella, pesquisador da Embrapa Trigo, produção da cevada deve se recuperar após 2018 ruim (Foto: Euclydes Minella)

Após encarar dificuldades em 2018, o cenário da safra da cevada em 2019 é bem mais positivo. Ainda que em uma avaliação extraoficial, o crescimento da área de produção do cereal cervejeiro deve ser de cerca de 20%, de acordo com Euclydes Minella, pesquisador da Embrapa Trigo. E ele também terá qualidade para ser utilizado pela indústria.

Essa produção se concentrou, como ocorre tradicionalmente, na região sul do Brasil, especialmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. “Extraoficialmente, podemos afirmar que no total foram semeados cerca de 113.000 hectares, sendo 58% no PR, 37% no RS, 2,5% em SP, 2% em GO e MG e 0,5% em SC. Houve, portanto, aumento cerca de 20% em relação à área da safra passada”, aponta Minella ao Guia.

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O aumento da área de cultivo na safra da cevada é um alento diante da dificuldade enfrentada em 2018, quando a redução na área plantada foi de 14,7%, de acordo com os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Minella ressalta que a maior parte da produção – concentrada no Sul do Brasil – ainda não foi colhida, mas que a expectativa é para uma lavoura com “bom potencial”, a não ser que o clima venha a atrapalhar. Além disso, ele prevê uma safra de 350 mil toneladas do cereal cervejeiro neste ano.

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“A semeadura ocorreu desde maio até o final de julho, dependendo da região produtora. As semeaduras de maio em GO e MG já estão em processo de colheita, enquanto que as da Região Sul serão colhidas a partir do final de outubro”, explica Minella, detalhando a qualidade da safra da cevada.

“As lavouras em geral estão com bom potencial produtivo e, se desenvolvendo bem, permite a previsão de uma boa safra, caso o clima transcorra favorável até a colheita. Pela superfície semeada, a previsão é de uma safra de cerca de 350.000 toneladas”, acrescenta.

A avaliação do especialista da Embrapa Trigo traz dois aspectos positivos para o setor, especialmente no comparativo ao ano passado. O primeiro é que parte da produção de cevada brasileira em 2018 não atingiu o padrão de qualidade exigido para ser utilizada pela indústria cervejeira, especialmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, exatamente os estados com maior cultivo. E isso levou ao “descarte” de parte da produção e ao prejuízo em função dos baixos preços da cevada não cervejeira.

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Além disso, de acordo com os dados do IBGE, a produção de cevada foi de 325.081 toneladas em 2018. Confirmada a estimativa de Minella, de uma safra de 350 mil toneladas, o aumento da produção seria de pouco mais de 7% em 2019, em um indicativo de recuperação do setor.

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