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7 de 10 trabalhos sobre ciência cervejeira são do Sul e do Sudeste, diz pesquisa

Pesquisa identificou participação de 53% de homens nos trabalhos sobre ciência cervejeira, contra 47% das mulheres.

Sete de cada dez pesquisas relacionadas à ciência cervejeira no país são realizadas nas regiões Sul e Sudeste. É o que aponta a 1ª edição do Mapa da Ciência e Pesquisa Cervejeira no Brasil, realizada e divulgada pelo Science of Beer Institute, a partir das respostas apresentadas por 43 pesquisadores.

O trabalho apresenta a concentração dos estudos sobre o segmento nessas regiões, onde há quantidade maior de indústrias cervejeiras e disseminação mais ampla da sua cultura. Assim, há uma participação diminuta das outras regiões, sendo de 12% no Centro-Oeste, 11% no Nordeste e apenas 7% no Norte.

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A pesquisa ainda identifica uma participação quase igualitária de gênero nos trabalhos sobre a ciência da cerveja no Brasil: a presença masculina é de 53%, contra 47% das mulheres.

O Mapa da Ciência e Pesquisa Cervejeira no Brasil também aponta que os estudos sobre cerveja têm se concentrado na pós-graduação: 1 de cada 3 trabalhos – ou 33% – são de mestrado, com 28% sendo de doutorado. Já as atividades de iniciação científica se resumem a 17%.

Além disso, o levantamento do Science of Beer dividiu os trabalhos em nichos de linhas de pesquisa. Há maior concentração em pesquisas sobre produção e processos, com participação de 37%, seguidos por aspectos étnicos-culturais, com 24%, e de análises físico-químicas, com 21%.

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O mapa
Esses resultados são fruto de um trabalho iniciado em 2020 pelo Science of Beer para mapear a cena da ciência cervejeira no Brasil. E foram tabulados a partir do preenchimento de um formulário online pelos cientistas que, assim, compartilharam informações sobre as suas linhas de pesquisa.

A ideia da iniciativa foi organizar um projeto de mapeamento da cena da ciência no setor, buscando conhecer e reunir pesquisadores, laboratórios e interessados em produzir estudos no segmento.

A partir da divulgação do retrato da área científica cervejeira do país, há a expectativa de que o estudo ajude a abrir espaço para a discussão de novos caminhos, inclusive para o financiamento de pesquisas sobre cerveja no Brasil.

Idealizadora do trabalho e CEO do Science of Beer, Amanda Reitenbach aponta que os pesquisadores no Brasil encaram diversas dificuldades, como salários baixos e desafios para obtenção de financiamento e de dedicação exclusiva à ciência. E destaca a necessidade de estímulo pelo governo aos trabalhos de pesquisa, além de defender a aproximação entre a academia e a sociedade.

“É imprescindível uma política nacional de fomento à ciência e à pesquisa de longo prazo e bem estruturada. Isso significa que esta política deveria começar fomentando a educação científica na base e seguindo até o topo das instituições acadêmicas e das empresas, com estímulos e apoios duradouros à inovação e à ciência. Uma aproximação da comunidade ao que a ciência produz e desenvolve também é essencial para mudar como a pesquisa é vista por quem não é pesquisador”, aponta nas considerações finais do trabalho.

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