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5 visões do mercado financeiro sobre a mudança de CEO na Ambev

Carlos Lisboa assume como novo CEO da Ambev, substituindo Jean Jereissati em momento estratégico, avaliam analistas

A recente mudança de CEO na Ambev, com Carlos Lisboa assumindo o comando da companhia em substituição a Jean Jereissati, ocorre em um momento de grande relevância estratégica para a empresa, segundo avaliação de diferentes casas de análise de bancos de investimento.

Porém, a visão predominante é de que, embora a troca, anunciada na última terça-feira, tenha surpreendido, não deve trazer grandes mudanças para a operação e a estratégia da Ambev.

Carlos Lisboa, que substituirá Jereissati em 2025, tem uma longa trajetória de 31 anos na AB InBev e atualmente é o presidente da Middle Americas Zone (MAZ), que abrange México, Colômbia, Panamá, Peru e partes da República Dominicana. E essa será a função assumida por Jereissati no próximo ano.

A transição segue a lógica interna de valorização de executivos, especialmente considerando a importância das operações da Ambev em diferentes regiões, onde a experiência de Lisboa poderá ser um diferencial, ressaltam os analistas.

Nos últimos anos, a Ambev passou por uma transformação significativa, destacando-se pela recuperação de participação de mercado e pelo fortalecimento de seu portfólio de marcas. A mudança na liderança agora coloca em evidência como a empresa continuará a evoluir, especialmente em um ambiente competitivo mais acirrado.

A troca também reflete uma estratégia que prioriza o crescimento e a construção de marca a longo prazo, afastando-se de abordagens estritamente focadas em custos. A continuidade dessa postura, ressaltam as análises, será crucial, especialmente para manter a lucratividade e o poder de precificação no mercado atual.

Há ainda a expectativa de que as experiências adquiridas por Lisboa em outros mercados possam trazer insights valiosos, ajudando a manter a trajetória de crescimento e inovação na empresa. A ampla bagagem do novo CEO, com passagens por diversas áreas da companhia, sugere, inclusive, a continuidade nas estratégias adotadas por Jereissati.

Leia também – Ambev anuncia Carlos Lisboa como novo CEO a partir de 2025

Confira as cinco avaliações do mercado financeiro sobre a mudança na Ambev:

Bradesco BBI
O mandato médio do CEO da Ambev é de cinco anos, e o grupo sempre buscou encontrar espaço para executivos de alto desempenho continuarem desenvolvendo suas carreiras. Considerando a importância estratégica das divisões da Ambev e da Middle Americas Zone (MAZ) para a ABI, a movimentação se alinha a essa prática.

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Os últimos anos serviram para melhorar significativamente a posição competitiva da Ambev, com a empresa agora ostentando um portfólio mais forte de marcas, uma participação de mercado recuperada (os volumes de 2024 estão 18% acima do pré-pandemia) e margens que finalmente atingiram o fundo do poço.

Jean está concluindo seu ciclo como CEO da Ambev, e a reviravolta na divisão de cervejas do Brasil foi nada menos que impressionante. Durante a gestão de Jean, a cultura da empresa mudou significativamente, adotando uma mentalidade mais centrada no consumidor e uma abordagem mais orientada ao longo prazo para a construção de marca e promoção de uma indústria de cerveja mais forte no país.

BTG Pactual
É inegável que a mudança anunciada do CEO ocorre em um momento decisivo para a Ambev.

Agora é o momento de a Ambev provar se ainda tem poder de precificação em meio a um cenário competitivo muito mais acirrado. O reposicionamento do portfólio e as ferramentas digitais serão testados de uma forma inédita.

Foi a primeira vez que realmente sentimos a Ambev como líder de mercado focada em promover o crescimento da categoria, em oposição à sua lendária abordagem orientada a custos.

Nos últimos anos, vimos a Ambev tomando o caminho certo, não o mais fácil. A questão agora é o que acontece a seguir e como entregar lucratividade e poder de precificação enquanto ainda alavanca a plataforma desenvolvida nos últimos cinco anos.

Citi
Acreditamos que essa troca de papéis entre Jereissati e Lisboa trará insights positivos para ambas as regiões, pois os aprendizados e experiências do mercado mexicano podem ter impactos positivos no Brasil.

UBS BB
Jean Jereissati era uma das razões para estarmos positivos em relação à empresa, mas não esperamos grandes mudanças na estratégia central da Ambev.

XP Investimentos
Em nossa opinião, os esforços contínuos da Ambev para otimizar seu portfólio e aumentar o reconhecimento da marca provavelmente persistirão sob a nova liderança. Esperamos uma reação neutra para as ações.

Embora não fosse esperada, a ampla experiência de Lisboa, incluindo sua função atual como CEO da maior operação em volume da ABI e cargos anteriores como CMO da Ambev e VP de Marketing para as marcas globais da ABI, sugere continuidade nas recentes iniciativas estratégicas.

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