Com influência de balanço, ação da Ambev termina julho desvalorizada
Na contramão do índice Bovespa, a ação da Ambev caiu em julho e fechou o pregão da última sexta-feira com desvalorização de 1,70% em relação ao último mês. A queda no preço do papel (ABEV3) se deu principalmente pela recepção negativa ao balanço do segundo trimestre da multinacional cervejeira, divulgado no dia 30.
A ação ordinária da Ambev fechou o pregão da última sexta-feira com o preço de R$ 13,90, sendo que havia começado julho cotada a R$ 14,14. Assim, manteve o cenário de queda expressiva em 2020, pois o papel da Ambev havia terminado 2019 a R$ 18,67. Com isso, a desvalorização neste ano está em 25,55%.
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Essa queda em julho foi influenciada pela divulgação dos resultados da Ambev na quinta-feira, com redução de 49% no lucro. Analistas avaliaram que a cervejaria inicia uma recuperação, mas o mercado entendeu diferente, tanto que a ação havia encerrado o pregão de quarta-feira com valor de R$ 15,15. Ou seja, em dois dias, desvalorizou 8,99%.
Já a Bolsa de Valores de São Paulo registrou o quarto mês consecutivo de recuperação, após um início de 2020 desastroso. O índice Bovespa, considerado o mais importante do principal mercado nacional, fechou julho em 102.912,24 pontos, sendo que havia terminado junho em 95.055,82. Desse modo, valorizou 8,27% no período.
Permanece, no entanto, sendo insuficiente para recuperar as expressivas perdas do primeiro trimestre do ano, pois o Ibovespa tinha encerrado 2019 com 115.645,34 pontos. Com isso, mesmo com a recuperação de abril, maio, junho e julho, a queda acumulada em 2020 está em 11,01%, influenciada diretamente pelo pior primeiro trimestre da história do Ibovespa.
Além disso, a recuperação da Bolsa se dá em um cenário de alguma incerteza, especialmente pela possibilidade de uma segunda onda de contaminação do coronavírus, embora haja uma acelerada busca por uma vacina.
Também há o risco do aumento das tensões entre Estados Unidos e China, sobretudo pelo cenário desfavorável a Donald Trump para as eleições norte-americanas, o que deve aumentar as provocações e ataques ao país asiático.
Fora do Brasil
Entre as principais cervejarias do mundo, o destaque foi para a alta da ação da Anheuser-Busch InBev – multinacional fruto da fusão da belga Interbrew com a Ambev – na Europa. O papel da AB-Inbev começou o mês custando 43,87 euros e encerrou julho com o valor de 46,12 euros. A valorização, portanto, foi de 5,13% nesse período.
Já a ação da Heineken fechou julho cotada a 82,24 euros. Como havia terminado junho valendo 82,06 euros, a alta foi de 0,22% no sétimo mês de 2020.
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