Cervejarias com até 4 funcionários geraram 45% de empregos do setor em 2018

As artesanais tiveram papel decisivo na geração de empregos do mercado cervejeiro em 2018. Entre janeiro e outubro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 1.757 vagas foram criadas pelo setor. Desse total, 951 vieram de empresas de pequeno porte, ou seja, com até 99 funcionários – número que equivale a 54,13% do total.
O número impressiona ainda mais quando se observa o segmento de artesanais independentes, com até quatro colaboradores e responsáveis por 800 postos de trabalho, mais de 45% do total. Uma estatística que vem confirmar a posição do setor – e muito propagada pelo Guia – de que a redução de impostos sobre microcervejarias é fundamental para acelerar o crescimento do mercado e gerar mais empregos ao país.
“Estamos trabalhando para fortalecer o setor através de incentivos fiscais e, também, para dar novos espaços às cervejas artesanais. Acreditamos que isso, somado à qualidade do produto, consolidará ainda mais este segmento no país”, garante Carlo Lapolli, presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva).
Se as artesanais geraram 951 empregos, as grandes indústrias – acima de cem funcionários – foram responsáveis por 806 vagas. O resultado apenas confirma o potencial das artesanais brasileiras, que contavam com 835 marcas independentes até setembro de 2018, um crescimento de 23% em apenas nove meses.
Entre os estados que mais criaram empregos “artesanais”, Minas Gerais liderou o ranking, com 278 vagas, seguido por Rio Grande do Sul (111) e Santa Catarina (92). No geral, aparecem São Paulo (563), Minas Gerais (382), Rio Grande do Sul (191), Goiás (156) e Rio de Janeiro (110).
“O público está cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos, o que acaba destacando as marcas independentes. Isso explica o aumento do consumo e, consequentemente, a produção e geração de empregos”, finaliza Lapolli.
0 Comentário