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Principais cervejarias ocidentais perdem 7,2 mi de hectolitros no 1º semestre

Grupo Carlsberg foi exceção e apresentou ligeiro crescimento nas vendas na metade inicial de 2023

No primeiro semestre de 2023, os três principais grupos cervejeiros do Ocidente registraram uma redução de 7,2 milhões de hectolitros na comercialização e produção de bebidas em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Esses números foram compilados pelo Guia a partir dos resultados financeiros divulgados nas últimas semanas pelos grupos cervejeiros AB InBev, Heineken e Carlsberg, que foi a exceção, apresentando crescimento no volume de produção, ainda que modesto.

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Líder global entre os grupos cervejeiros, a AB InBev registrou queda de 1 milhão de hectolitros em sua produção durante a primeira metade de 2023, totalizando 288,1 milhões de hectolitros. A maior diminuição foi observada no Grupo Heineken, com um declínio de 6,8 milhões de hectolitros, chegando a 120,1 milhões de hectolitros. Em contraste, o Grupo Carlsberg contrariou a tendência das principais concorrentes, aumentando seu volume em 600 mil hectolitros, atingindo 64,8 milhões de hectolitros

O desempenho da Carlsberg no primeiro semestre representou crescimento percentual de 0,8%, sendo a única alta entre as três empresas. A Heineken apresentou queda de 5,6%, enquanto o grupo controlador da Ambev registrou um leve recuo, de 0,3%.

A queda no volume produzido durante o primeiro semestre foi motivada, em grande parte, por fatores específicos de cada empresa e região. Para a AB InBev, a queda de 8% na América do Norte, influenciado por um boicote transfóbico contra a Bud Light, impactou significativamente, contrastando com o aumento de 9,5% na região Ásia-Pacífico.

A Heineken, por sua vez, enfrentou uma redução de 13,2% na região Ásia-Pacífico. No seu caso, todas as regiões tiveram quedas no volume produzido, com a menor diminuição ocorrendo nas Américas, onde foi de 1,5%.

No caso da Carlsberg, o maior aumento no volume veio da Ásia, com um crescimento de 4,8%. Essa alta ajudou a compensar as perdas de 2,1% na Europa Ocidental e 1,3% no Leste Europeu e na Europa Central durante o primeiro semestre de 2023.

Marcas premium também ajudam Carlsberg
Em seu balanço, o Grupo Carlsberg também relatou um crescimento de 3% em seu portfólio premium no primeiro semestre. Entre as marcas, a Tuborg registrou um aumento de 3%, a Carlsberg de 1%, a 1664 Blanc de 5% e a Brooklyn de 52%.

Esses resultados permitiram que o Grupo Carlsberg revertesse o cenário de prejuízo do primeiro semestre de 2022, alcançando um lucro líquido de 3,495 bilhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente R$ 2,54 bilhões) na metade inicial de 2023.

Além disso, o lucro operacional cresceu 5,2%, enquanto a receita aumentou 6,6%, atingindo 37,788 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 27,5 bilhões). No entanto, o Ebitda caiu 3,98%, totalizando 8,229 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 5,99 bilhões).

Impulsionada por esses resultados melhores do que o previsto, a Carlsberg revisou suas previsões para o lucro operacional de 2023. Agora, a estimativa é de um aumento entre 4% e 7%, em contraste com a previsão anterior, que variava entre uma contração de 2% e um crescimento de 5%.

Foi, novamente, um movimento oposto ao do Grupo Heineken. Após a apresentação do resultado financeiro, a empresa de origem holandesa afirmou esperar que o seu lucro em 2023 varie entre a estabilidade e o crescimento de um dígito médio (0% a 5%). A expectativa anteriormente era de expansão entre um dígito médio e um dígito alto (5% a 10%).

Rússia ainda é desafio
Apesar desses resultados positivos, o primeiro semestre de 2023 trouxe desafios para a Carlsberg. Após anunciar ter encontrado um comprador para a Baltika Breweries, sua operação na Rússia, a empresa enfrentou uma intervenção do governo local que a colocou sob administração estatal em julho.

O CEO da Carslberg, Cees’t Hart relatou, em entrevista ao Financial Times, ter ficado “chocado” com a decisão e sem saber “em que direção isso irá”. A operação da Carlsberg na Rússia agora está sob o comando de Taimuraz Bolloev, que já comandou a Baltika na década de 1990 e é amigo de longa data do presidente Vladimir Putin

Porém, o CEO garantiu não ter se arrependido de a Carlsberg ter demorado a definir a saída da Rússia, citando que isso causaria desemprego – a empresa contabiliza 8 mil funcionários em 8 unidades produtivas –, além de impossibilitar a proteção dos seus ativos.  

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