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Como foi o ano de 2022 para a indústria da cerveja? Confira 9 avaliações

Aumento da confiança em uma retomada é saldo deste ano para representantes do setor cervejeiro

O ano da retomada. Foi assim que diversas empresas atuantes em diferentes áreas da indústria da cerveja avaliam como foi 2022, esperançosas de que este seja o marco do início de um novo ciclo expansionista, depois dos desafios encarados em 2020 e 2021, frutos, principalmente, dos efeitos provocados pela pandemia do coronavírus.

Essa foi a avaliação apresentada majoritariamente pelos nove representantes de diferentes segmentos da indústria da cerveja consultados pela reportagem do Guia sobre como enxergam o ano de 2022 no setor. E a sensação, ainda que existam problemas a lidar, é de que o pior já passou.

O fim das restrições, que permitiram a retomada dos eventos, foi vista como aspecto importante para o crescimento no volume de vendas das marcas de cerveja e, consequentemente, dos fornecedores da indústria, trazendo algum otimismo para quem atua no segmento ao longo de 2022 e para o ano que está por vir.

“Com a volta desses eventos e a flexibilização do distanciamento social, as cervejarias puderam ver um aumento na demanda do mercado, que estava represada desde o início da pandemia”, avalia Ewerton Miglioranza, sócio-fundador da BierHeld.

Os desafios, claro, prosseguem. Dívidas contraídas durante a pandemia ainda afetam as operações, assim como a alta dos preços dos insumos, além da sua escassez, com alguns desses problemas tendo sido provocados por fatores que vão muito além do ecossistema cervejeiro, provocaram oscilações.

“Muitas cervejarias ainda estão tentando recuperar o tempo perdido durante a pandemia. Várias ainda têm passivos financeiros, mas notamos claramente sinais de recuperação”, avalia Dario Ocelli, CEO da Eureka.

Além disso, a retomada de alguma normalidade à sociedade também alterou tendências do auge da pandemia. Afinal, se de um lado o consumo em bares e o turismo cervejeiro puderam expandir após longo período de dificuldades, quem opera com maior foco no varejo, observou uma mudança de cenário, também provocada pela maior concorrência de outras bebidas alcoólicas.

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Confira, na avaliação de 9 empresas, como foi o ano de 2022 para a indústria da cerveja:

Beer Business (Filipe Bortolini, sócio-administrador)
Vemos que 2022 foi um ano de retomada dos negócios e do mercado cervejeiro, que ainda sofre com os reflexos da pandemia. Já vemos muitos estabelecimentos aumentando seus volumes de venda e percebemos que há um crescimento da confiança no crescimento do mercado. Isso tem se refletido nas conversas com os clientes e com os fornecedores.

BierHeld (Ewerton Miglioranza, sócio-fundador)
Para o setor foi um ano de retomada, uma vez que no ano passado as cervejarias ainda sofreram bastante por conta da pandemia de Covid-19, que afetou a economia de forma geral, mais especificamente na parte de festas e eventos, que estão ligadas diretamente às vendas de bebidas. Com a volta desses eventos e a flexibilização do distanciamento social, as cervejarias puderam ver um aumento na demanda do mercado, que estava represada desde o início da pandemia.

CBCA (Gustavo Barreira, CEO)
O mercado de cervejas especiais continua com sólido crescimento. Ainda não encerramos o ano, mas nossas projeções indicam que as especiais devem ganhar mais 0,3% ou 0,4% de participação no mercado total de cervejas no Brasil, se aproximando de 3% de participação. O número porcentual parece pequeno, mas isso representa a migração de algo em torno de 40 milhões de litros dos produtos mainstream para as cervejas especiais.

Cia de Brassagem Brasil (Danielle Mingatos, sócia)
2022, para o setor, foi um ano bom. Vejo, novamente, números positivos e é claro que a gente sempre espera que esses números continuem subindo. Tivemos problemas com alta e escassez de insumos, o que prejudica o setor, de certa forma.

Eureka (Dario Ocelli, CEO)
Para o setor cervejeiro, 2022 foi um ano bem complicado, muitas cervejarias ainda estão tentando recuperar o tempo perdido durante a pandemia. Várias ainda têm passivos financeiros, mas notamos claramente sinais de recuperação. Podemos dizer que o pior já passou.

Meu Garrafão (Helton Aguiar, diretor)
Analisando outros artigos sobre o mercado cervejeiro, eu percebi que a própria cerveja tem sofrido com concorrentes, por exemplo, bebidas prontas, drinques prontos enlatados, entre outros. A inflação de 2022 também pressionou o consumo de cerveja. Eu vejo que o setor cervejeiro batalha duro por dias melhores. E nós, que apoiamos esse setor, temos que ficar atentos a tendências e mudanças constantes, não só no setor cervejeiro como nos adaptarmos a outros estilos de bebidas.

NewAge (Edison Nunes, gerente comercial)
Foram grandes oscilações de volume e diferentes resultados para grandes marcas e pequenas. No pós-pandemia, o consumo se moveu dos supermercados para bares e restaurantes, retomando o volume e as margens das grandes companhias de bebidas e caindo o volume para aquelas que se dedicam mais aos canais de supermercados e conveniências.

Porofil (Nelson Karsokas Filho, proprietário)
Dadas as situações que atravessamos com a questão da pandemia, não podemos reclamar do desempenho de 2022. Seguimos nossa estratégia e arregaçamos as mangas para atravessar esse período.

Rota RJ (Ana Cláudia Pampillón (coordenadora)
O ano de 2022 foi um ano no qual vimos o turismo começar a respirar novamente e várias ações turísticas das cervejarias começaram a se formar mediante a possibilidade de retomada de fato.

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