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Cervejarias ciganas e de pequeno porte sofrem para recuperar ritmo de vendas

A conhecida observação de que pequenos empreendedores enfrentam maior dificuldade para se recuperar em um cenário de crise se confirmou para o segmento de cervejas artesanais no ano passado. De acordo com “O Ano de 2022 para as Cervejarias”, pesquisa realizada pelo Guia, os pequenos empreendimentos e aqueles que adotam o modelo de negócio cigano foram os que mais tiveram dificuldade em aumentar o volume de cerveja vendida no ano passado na comparação com 2021.

O estudo, que pode ser acessado no link, apontou que 62% das cervejarias participantes tiveram alta nas vendas de cerveja no ano passado, com 19% registrando queda e outros 19% reportando estabilidade. Mas o resultado é bem pior entre as cervejarias ciganas e as que possuem um volume produtivo inferior a 5 mil litros por mês.

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Entre as cervejarias ciganas, termo usado para marcas que terceirizam a produção, apenas 25% venderam mais cerveja em 2022 do que em 2021. E 43,8% das ciganas que participaram do levantamento foram no caminho contrário, com recuo na comercialização da bebida no ano passado.

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O resultado também contrasta com o desempenho de outros modelos de negócio em 2022. As cervejarias com fábrica própria apresentaram crescimento de 72,3% nas vendas no ano passado, enquanto 69,2% das que operam com brewpubs tiveram expansão em 2022.

Esse resultado indica a recuperação dos brewpubs como espaço de consumo, após enfrentarem grandes desafios em função da pandemia do coronavírus, ainda que 23,1% das marcas que operem com esse tipo de modelo de negócio tenham relatado queda na venda de cerveja no ano passado.

Quanto menor, pior
O porte das cervejarias também apresentou impacto na recuperação do ritmo da comercialização das bebidas em 2022. Das que produzem menos de 5 mil litros mensais, só 46% superaram o nível de vendas de 2021, em um indicativo claro de dificuldade para escalar e escoar a produção.

Mas cervejarias maiores conseguiram recuperar mais facilmente o nível de vendas. O índice daquelas que comercializaram mais em 2022 do que em 2021 foi de 77,8% entre as que produzem de 5 mil a 10 mil litros por mês, ficando em 73,9% entre as que fabricam de 10 mil a 50 mil litros por mês e subindo para 88,9% entre as que fazem mais de 50 mil litros mensais.

Sul reage primeiro
A recuperação do ritmo de venda de cervejas também foi mais acelerada na região Sul, que carrega grande tradição cervejeira, com alta de 85,7% no ano passado na comparação com 2021. O índice ganha ainda mais relevância quando se observa que nenhuma outra região do Brasil foi além dos 60% na alta da comercialização da bebida no ano passado. E o Nordeste apresentou o maior recuo entre todas elas, de 28,6%.

O Ano de 2022 para as Cervejarias” foi uma pesquisa, quantitativa, realizada por meio de questionário online, com respostas coletadas entre outubro e dezembro de 2022 de 100 donos ou administradores de cervejarias.

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