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44% das cervejarias têm até 3 anos de atividade, aponta pesquisa do Guia

Uma parcela relevante das cervejarias artesanais brasileiras precisou lidar com os efeitos da pandemia logo no início de suas operações. Foi o que apontou o levantamento “O Ano de 2022 para as Cervejarias“, realizado pelo Guia da Cerveja, ao indicar que 44% das companhias possuíam até três anos de atividade no momento de realização do levantamento.

O índice traça um começo desafiador para um grande contingente de cervejarias, que tiveram de lidar com o impacto da crise sanitária iniciada em 2020, quando muitas delas ainda estavam dando os primeiros passos dentro do segmento, já tendo de enfrentar as consequências da circulação restrita da população e do funcionamento parcial de estabelecimentos.

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O levantamento, que pode ser acessado no link, também demonstra que o segmento cervejeiro ainda está em formação no Brasil. Afinal, 93% dos entrevistados afirmaram que suas cervejarias têm até dez anos de atividade, o que pode indicar ainda haver potencial para um maior crescimento do setor e sua consolidação.

Entre as cervejarias participantes, a maioria não consegue expandir além das fronteiras de sua região de origem. “O Ano de 2022 para as Cervejarias” revelou que 62% delas atuam apenas em sua cidade e áreas vizinhas. Além disso, há pouca participação em mercados fora do seu estado – apenas 26% estão presentes em mais de uma unidade da federação, o que mostra claramente a dificuldade da maioria das cervejarias em levar sua produção para novos públicos.

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Essa produção, aliás, é predominantemente feita em fábricas próprias. A pesquisa apontou a prevalência de cervejarias com unidades produtivas próprias no mercado brasileiro, com esse modelo sendo adotado por quase dois terços dos participantes da pesquisa (65%). Já a produção cigana, em que a fabricação é terceirizada junto a outra cervejaria, foi mencionada por apenas 16% dos entrevistados.

A concentração da produção em unidades próprias pode estar relacionada ao aumento dos custos de terceirização, o que pode ter levado muitas cervejarias a abandonarem o modelo cigano, de acordo com a avaliação da jornalista e beer sommelière Fabiana Arreguy, que fez parte da equipe de análise dos dados do levantamento.

O preço dos insumos subiu muito, a estrutura das fábricas foi otimizada ao máximo, o que encareceu a produção terceirizada

Fabiana Arreguy, jornalista e beer sommelière

O Ano de 2022 para as Cervejarias” foi uma pesquisa quantitativa conduzida pelo Guia da Cerveja por meio de um questionário online. As respostas foram coletadas entre outubro e dezembro de 2022, e o levantamento contou com a participação de 100 proprietários ou administradores de cervejarias.

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