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Fabricação de bebidas puxa indústria, mas alcoólicas têm saldo negativo em 2022

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Pelo segundo mês consecutivo, produção apresentou crescimento em relação a 2021, indicando recuperação da atividade

Depois de amargar quedas expressivas em janeiro e fevereiro, o Brasil acumulou em abril o segundo mês consecutivo de alta significativa na fabricação de bebidas alcoólicas, registrando crescimento de 11,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O índice foi confirmado pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial Mensal, que apontou a produção de bebidas como um dos destaques da atividade industrial no país.

Em março, a evolução da fabricação de alcoólicas já havia sido de 5% e, ao mais do que dobrar o porcentual positivo no mês seguinte, este setor da economia reduziu o saldo negativo no ano para 4,1%. Já a diminuição na produção nos últimos 12 meses agora é de 6,3%.

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O segundo mês seguido de alta significativa é um indicativo da recuperação no mercado cervejeiro brasileiro, que encarou dificuldades em janeiro e fevereiro após o alastramento da variante ômicron do coronavírus, o que inclusive provocou o cancelamento do carnaval de rua.

Já a fabricação de bebidas não alcoólicas cresceu 15% em abril no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Em março, a alta já havia sido de 20%, fato que colaborou para que a expansão no primeiro quadrimestre do ano fosse de 11,1%, ficando em 1,6% nos últimos 12 meses.

A produção de bebidas em geral, somando alcoólicas e não alcoólicas, registrou em abril elevação de 13,2% na confrontação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, a subida é de 2,7%, enquanto nos 12 meses imediatamente anteriores o saldo fica negativo em 2,6%.

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A fabricação de bebidas voltou a ser uma das influências mais positivas da indústria entre todas as atividades econômicas pesquisadas pelo IBGE, com crescimento de 5,2% na comparação com a produção de março, quando a alta em relação a fevereiro já havia sido de 6,4%. O item “produtos farmoquímicos e farmacêuticos” e o tópico “coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis” foram outros dois destaques de abril, com evoluções de 4,8% e 4,6%, respectivamente.

Indústria cresce apenas 0,1% em abril
Se a fabricação de bebidas manteve a sua tendência de alta, a produção industrial brasileira apresentou estagnação em relação a março, com crescimento de apenas 0,1%. Porém, abril foi o terceiro mês consecutivo de avanço, acumulando neste período uma subida de 1,4%. Esse incremento, entretanto, não foi suficiente para tirar do vermelho o índice registrado no primeiro quadrimestre, tendo caído 3,4% em comparação com o desempenho dos quatro meses iniciais de 2021. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a retração é de 0,3%.

“O ganho acumulado de 1,4% neste período de fevereiro a abril não elimina nem a queda de 1,9% registrada em janeiro. Mesmo que nos últimos seis meses a indústria tenha mostrado cinco taxas no campo positivo, ainda assim está 1,5% abaixo de fevereiro de 2020 e 18% abaixo do ponto mais alto da série, em maio de 2011”, explica André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

O instituto também ressalta que o setor industrial brasileiro contabilizou alta em 16 das 26 atividades econômicas investigadas. Ao mesmo tempo, o desempenho geral de abril foi 0,5% pior do que o obtido no mesmo mês de 2021, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e em 59,4% dos 805 produtos pesquisados.

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