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Adaptação e parcerias: Como fornecedores encararam o ano no setor cervejeiro

Realizar investimentos e olhar para novas áreas de atuação foram caminhos adotados pela indústria cervejeira neste ano

Se o ano de 2020 funcionou quase como uma ruptura, diante da eclosão da pandemia do coronavírus em março, 2021 apresentou novos desafios para a indústria cervejeira, dessa vez vinculados à necessidade de adaptação diante das diversas etapas da crise sanitária, como destacado pelos diferentes fornecedores do segmento ouvidos pela reportagem do Guia. Eles apontaram que houve mudanças de prioridades, mas que os investimentos, aos poucos, foram sendo retomados.

“2021 foi um ano de reinvenção e reconstrução”, define Filipe Bortolini, sócio da Beer Business, que oferece consultorias para empresas da indústria cervejeira, ressaltando como a adaptação e a abertura de novos campos de atuação foram fundamentais para que as companhias sobrevivessem a mais um ano difícil, especialmente nos meses em que vigoraram restrições para conter a propagação do coronavírus.

“Foi necessário adaptar-se à realidade do trabalho remoto e redefinir o foco de atuação. Cervejarias, brewpubs, cervejeiros ciganos, bares e restaurantes precisaram continuar a busca de alternativas para se manterem vivos. Desse modo, antigas necessidades que talvez não fossem prioridade tornaram-se urgentes e novas necessidades surgiram”, acrescenta.

Leia também – Versatilidade e eficiência ditam tendências da refrigeração na retomada

Assim como ocorreu em 2020, a partir da eclosão da crise sanitária, o ano de 2021 também atingiu diretamente as empresas envolvidas na organização de eventos, assim como os fornecedores de serviços a eles, pois a agenda de compromissos só foi retomada durante o segundo semestre, em função do avanço da vacinação contra o coronavírus e a consequente redução dos casos da doença.

Relembrando os desafios encarados em 2021, os sócios da M&P Facility Services, Michel Gervasoni e Patrícia Lopes, buscaram manter a proximidade dos clientes diante de um cenário externo incerto, especialmente pela falta de uma rota nas políticas públicas adotadas pelo governo federal, dificultando a atuação dos fornecedores de serviços.

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Eles calculam que o negacionismo do poder executivo teve participação direta nas estimadas perdas de R$ 1,5 trilhão em negócios que não puderam ser fechados em eventos no Brasil, com apenas o estado de São Paulo deixando de gerar receita de R$ 24,5 bilhões.

“Procuramos nos manter conectados aos nossos clientes, reconectar aos leads e prospectar novos contratantes neste cenário de incertezas e políticas governamentais confusas sobre a matéria pandemia. A falta de coesão no entendimento de proteção coletiva é um fator repugnante no nicho de eventos, pois dependemos de medidas eficazes”, afirmam os profissionais da companhia de facilitação para eventos, feiras e empresas.

Por sua vez, a Label Sonic, empresa de rotulagem, também buscou fortalecer a ligação com seus parceiros para sobreviver aos desafios impostos por mais um ano marcado pela pandemia, além de realizar mudanças em sua atuação. E avalia que conseguiu terminar 2021 com um saldo positivo.

“Mais um ano de adaptação e de fortalecimento de parcerias para que pudéssemos minimizar os impactos da pandemia. Mas foi um ano bom, com crescimento nas vendas e no faturamento, manutenção dos postos de trabalho e investimentos”, afirma Bruno Lage, sócio-proprietário da empresa.

Novos investimentos
Apesar dos desafios impostos por fatores externos, a Verallia encerra 2021 satisfeita com os resultados obtidos em 2021 no Brasil. A companhia, uma das maiores fabricantes de embalagens de vidro do mundo, lembra que também anunciou a realização de investimentos relevantes nas suas unidades no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, esta com foco em atender as demandas da indústria cervejeira.

“Estamos operando com 100% da capacidade produtiva e anunciamos investimentos de 140 milhões de euros em expansão no Brasil somente em 2021. Esse recurso está sendo empregado nas fábricas de Jacutinga (MG) e Campo Bom (RS) ao longo dos próximos três anos”, relata Quintin Testa, diretor geral da Verallia na América do Sul.

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