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Indústria da cerveja repudia ataques à democracia e pede estabilidade política

Defendendo um golpe militar, milhares de pessoas atacaram sedes dos três poderes em Brasília

As principais associações da indústria da cerveja, seja as que representam as grandes fabricantes ou aquelas ligadas às marcas artesanais, apresentaram seu repúdio aos ataques à democracia ocorridos no último domingo (8), quando manifestantes golpistas invadiram as sedes dos três poderes em Brasília, destruíram o patrimônio público e mesmo obras de grande valor cultural e para a sociedade.

Responsável por representar a Ambev e o Grupo Heineken no país, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) repudiou “veementemente” os “gravíssimos e inaceitáveis episódios de vandalismo, destruição e violência”, apontando que esse tipo de comportamento não pode ser aceito na sociedade. “Trata-se de manifestações antidemocráticas e ilegítimas que não devem ser toleradas em um estado democrático de direito”, defende o Sindicerv.

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Em nota enviada à reportagem do Guia, a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) reiterou sua condenação aos atos em Brasília, também realizando uma enfática defesa do sistema democrático.

“A Abracerva repudia os ataques e atos de vandalismo e selvageria contra os prédios e instituições que são o pilar do Estado Democrático de Direito. A democracia é o sistema político que garante nossas liberdades, inclusive a liberdade associativa, e é uma conquista de toda a sociedade brasileira”, afirma.

A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) condenou os acontecimentos em Brasília e disse esperar que os responsáveis pelos atos sejam punidos. No dia dos atos, houve a prisão de centenas de suspeitos de participação na ação. Já ao longo da última semana, foram identificados financiadores das manifestações golpistas, assim como a Advocacia-Geral da União pediu que a Justiça bloqueasse R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas que supostamente financiaram o transporte dos envolvidos.

Em nota oficial, a CervBrasil destaca ser “contra qualquer tipo de manifestação antidemocrática”. “Entende que os responsáveis pelos lamentáveis atos ocorridos recentemente devem ser punidos com rigor”, afirma a associação, que representa o Grupo Petrópolis, a Lund e a Krug Bier, entre outras cervejarias.

A necessidade de punição, através do devido processo legal, aos responsáveis pelos atos antidemocráticos também é citada pela Abracerva. “A associação espera que os envolvidos sejam devidamente identificados e respondam por seus atos com base nos devidos processos legais”, acrescenta.

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Democracia e desenvolvimento
Com discursos que apresentam consonância, as associações destacaram a necessidade do respeito às instituições democráticas e o seu bom funcionamento para que o Brasil avance economicamente e amplie a inclusão social, temáticas que tiveram sua urgência destacada pela Abracerva.

A entidade reitera também a necessidade de se restabelecer rapidamente a estabilidade política e institucional para que se dê andamento às reformas necessárias para a recuperação econômica do país, garantindo redução das desigualdades e mais qualidade de vida para nós brasileiros

Abracerva

Em nota oficial, o Sindicerv, além de apontar que os atos são inaceitáveis, também destaca a importância da estabilidade democrática para que o Brasil consiga alcançar o necessário e almejado desenvolvimento, com o trabalho das diferentes esferas de poder para tal.

“O Brasil precisa de paz e diálogo para voltar a crescer, gerar empregos e renda. Para isso, é necessária estabilidade para que governo e suas instituições trabalhem em agendas a favor do desenvolvimento econômico e social e sustentável do país”, diz.

Em tom semelhante ao adotado pelo Sindicerv, a CervBrasil ressalta a importância do bom funcionamento da democracia para o desenvolvimento da economia nacional, conclamando a união da sociedade e das instituições para que esse intuito se concretize.

“A sociedade brasileira tem um desafio muito grande de crescer, gerar empregos, riqueza e maior justiça social. As instituições públicas e privadas precisam de estabilidade para funcionar dentro da normalidade e acelerar a busca por melhores desempenhos. É hora de união, de trabalho conjunto”, afirma.

Relembre
No último domingo (8), a escalada das manifestações golpistas no Brasil atingiu um novo patamar quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, que também foi invadido, assim como o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal, com todos esses espaços sendo vandalizados, o que provocou danos ao patrimônio, com objetos históricos sendo danificados.

Como reação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, que posteriormente foi confirmada pelo Congresso. Já Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou o afastamento por 90 dias do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, 1.418 pessoas foram detidas em função dos ataques.

No dia seguinte ao ataque à democracia, o Guia apresentou a sua posição sobre a situação. Confira.

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