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Preço da cerveja registra queda em mês com inflação acima do teto da meta

Cerveja no domicílio acumula alta de 1,37% no 1º trimestre de 2021 e de 3,27% nos últimos 12 meses

O preço da cerveja no domicílio registrou queda em março, mês em que a alta dos produtos do setor de alimentação e bebidas voltou a desacelerar, após aumentos expressivos em 2020, mas em que a inflação superou o teto da meta estipulado pelo governo federal para 2021. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a deflação da cerveja no período foi de 0,27%.

Ainda assim, o preço da cerveja no domicílio acumula alta de 1,37% no primeiro trimestre de 2021. E está em 3,27% levando em consideração os últimos 12 meses, de acordo com o levantamento do IBGE.

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Já os itens de alimentação e bebidas tiveram inflação de 0,13% em março, contribuindo com apenas 0,03% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2021, a elevação dos preços do segmento já está em 1,43%. E, no período de 12 meses, há aumento de expressivos 13,87%, fortemente influenciado pela aceleração de 2020.

“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, comenta Pedro Kislsanov, gerente da pesquisa do IBGE.

Apesar da desaceleração da alta dos alimentos e bebidas em março, o IPCA foi de 0,93%, acima da taxa de fevereiro, de 0,86%, e a maior para o mês desde 2015. O índice está em 2,05% em 2021 e em 6,10% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta do governo federal – o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59%, e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica Kislanov.

Entre as bebidas, a modalidade de venda acabou sendo mais uma vez determinante para a variação nos preços em um momento em que bares e restaurantes têm funcionado com muitas restrições.

Assim como a cerveja, outras bebidas alcoólicas tiveram deflação no domicílio em março, com taxa de 0,39%. Apesar disso, o índice soma alta de 3,36% no primeiro trimestre de 2021 e de relevantes 9,80% nos últimos 12 meses.

Já a cerveja fora do domicílio apresentou aumento de 1,70% em março. Agora, está com inflação de 2,07% no ano e de 3,77% nos últimos 12 meses. E as outras bebidas alcoólicas fora do domicílio registram elevação nos preços de 0,33% em março, de 0,51% no primeiro trimestre de 2021 e de 3,66% nos últimos 12 meses.

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