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Aplicativos Zé Delivery e BEES impulsionam expansão da Ambev, avaliam analistas

Para o Credit Suisse, Zé Delivery e BEES podem atingir aproximadamente 8% das vendas de cerveja no mercado nacional em 2026

As plataformas digitais BEES e Zé Delivery têm sido fundamentais para o crescimento da AmBev e continuarão sendo importantes para a sua expansão. A avaliação é das equipes de analistas do Credit Suisse e da XP Investimentos, que apontaram o êxito da venda digital de produtos através dos aplicativos como impulsionador da estratégia da multinacional cervejeira no Brasil.

Apenas no primeiro trimestre de 2021, o Zé Delivery recebeu 14 milhões de pedidos. “Estimamos que Zé Delivery e BEES podem, juntos, contribuir com cerca de 5 milhões de hectolitros para os volumes de cerveja no Brasil e atingir aproximadamente 8% das vendas de cerveja no mercado nacional em 2026”, avalia a equipe de análise do Credit Suisse.

Leia também – Preço da cerveja tem alta de 0,13% em maio, mês com maior inflação em 25 anos

Analistas da XP, Leonardo Alencar e Larissa Pérez apontam que o desafio operacional será ampliado para a Ambev melhor utilizar os aplicativos, com ações para investimentos em descontos e precificação, além de algoritmos para apresentação personalizada do portfólio. Uma oportunidade que poderá tornar o cenário ainda mais favorável para a companhia, se aproveitado.

“Em um primeiro momento, os dois aplicativos podem soar apenas com novos canais digitais que podem facilitar a comercialização. Entretanto, na nossa visão, ambos podem mudar completamente o jogo”, destacam os analistas da XP.

Para eles, além de ajudar as vendas, as plataformas têm contribuído para a Ambev ter preços mais competitivos e ampliar o seu mix. Esse aumento do portfólio, que se mantém em 2021 com a chegada da Michelob Ultra, foi, também, uma das razões vistas pela XP para o crescimento de 4,2% no volume de cerveja em 2020, para 111,2 milhões de hectolitros.

Os preços médios também nos surpreenderam positivamente, sobretudo devido à estratégia de diversificação do portfólio da AmBev, aumentando a relevância de marcas de maior valor agregado

– Leonardo Alencar e Larissa Pérez, analistas da XP

Com isso, foi possível ter um aumento de 13% no preço médio das cervejas da Ambev no ano passado, ainda que as margens de lucros não tenham sido ampliadas. “Vale lembrar que esse aumento de preços foi feito em cima de uma base de volume crescente, o que também enxergamos com bons olhos”, acrescentam os analistas da XP.

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Além das plataformas para o comércio, a BEES, e o consumidor, o Zé Delivery, a Ambev vem se destacando pela conquista de mercado através da Brahma Duplo Malte. “Vemos a Ambev bem posicionada para continuar crescendo competitivamente, beneficiando-se de inovação nos segmentos core plus [como a Brahma Duplo Malte] e premium e da aceleração de suas plataformas D2C [direto para o consumidor]/ B2B [venda para comércio]”, escreve a equipe de análise do Credit Suisse.

O Credit Suisse também elogia a postura inovadora da Ambev na gestão de Jean Jereissati, citando ainda que a cervejaria tem priorizado ampliar o volume de vendas em detrimento de maiores lucros, adotando uma política de preços que a aproxima de um público de menor renda.

“Esperamos que a Ambev continue usando uma abordagem mais flexível para equilibrar o crescimento do volume com iniciativas de preços, abordando assim os consumidores de menor renda, mas também sustentando seu impulso de crescimento do Ebitda, apesar da provável pressão dos custos das commodities em 2022 (mesmo que isso signifique uma recuperação mais lenta das margens daqui para frente)”, projeta o Credit Suisse,

Na avaliação dos analistas da XP, o pouco espaço para lucros continuará representando um desafio para a Ambev, até pela alta dos preços das commodities. “Acreditamos que ainda passaremos por alguns anos de margens mais baixas antes da empresa retomar o nível de 2019.”

Volta dos bares
Além disso, a XP destaca que as margens poderiam ser recuperadas mais rapidamente com a reabertura de bares e restaurantes, algo que tem ocorrido de modo mais lento em função da continuidade do número elevado de mortes por coronavírus.

“Esperávamos que bares e restaurantes voltassem a abrir suas portas em um ritmo mais rápido do que realmente aconteceu. Atualmente, não só muitos negócios ainda estão funcionando apenas parcialmente como ainda temos a terceira onda de Covid-19 pairando sobre nós”, apontam os analistas.

Ainda assim, a XP aposta que a retomada de bares e restaurantes será bastante benéfica para a Ambev. “Entendemos que, assim que a vacinação acelerar e bares e restaurantes voltarem a funcionar normalmente, deveremos ver uma melhora nas margens da AmBev, uma vez que as embalagens vendidas nesses canais são significativamente mais lucrativas para a empresa do que aquelas vendidas nos supermercados.”

Ações em alta
Esse otimismo, inclusive, fez o Credit Suisse elevar o preço-alvo da ação da Ambev para R$ 21,50. É uma meta ousada, não só porque o papel fechou o pregão da última terça-feira cotado a R$ 19,13, mas principalmente por não alcançar esse valor desde maio de 2018.

Em sua análise mais recente, a XP também ampliou o seu preço-alvo para a ação da Ambev, mas para R$ 20. É um valor mais baixo em relação ao mirado pelo Credit Suisse, mas ainda assim não alcançado por esse papel desde agosto de 2019.

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