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Ação da Heineken cai 8% após balanço; veja como será com AB InBev e Ambev

Queda nos volumes de cerveja do Grupo Heineken aumentou preocupação com desempenho da indústria cervejeira

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2023, tudo indica, poderá não ser das mais promissoras para a indústria da cerveja. A semana, afinal, começou com uma relevante queda da ação do Grupo Heineken nas bolsas europeias após a divulgação de seus resultados financeiros, e há preocupação com o desempenho da AB InBev, cujo relatório será divulgado na próxima quinta-feira, mesma data em que a Ambev também apresentará seu relatório, com perspectivas modestas dos analistas do mercado.

Na segunda-feira (31), a ação do Grupo Heineken no mercado europeu sofreu recuo de 7,97%, caindo para o valor de 89,14 euros, após a divulgação do balanço do primeiro semestre. Essa queda levou a uma variação negativa de 5,35% no mês de julho, sendo que a ação estava em alta até a última sexta-feira (28) do mês.

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O desempenho da ação indica uma má recepção do mercado financeiro aos resultados do Grupo Heineken, com retração de 8,6% no lucro líquido na primeira metade de 2023, causada, em parte, pela queda de 5,6% nos volumes de venda de cerveja no período. E esse recuo chega a 7,6% quando se observa apenas o período de abril a junho.

Além dos resultados do primeiro semestre de 2023, o mercado financeiro está preocupado com as perspectivas futuras do Grupo Heineken. A companhia revisou sua previsão de crescimento do lucro operacional de um dígito médio para um dígito médio baixo, e projetou um recuo de um dígito baixo nos volumes de cerveja vendida.

Há, ainda, o temor de que o resultado do Grupo Heineken possa ser um prenúncio de maiores desafios que serão observados nos balanços de outros representantes da indústria da cerveja.

Impacto de boicote sobre a AB InBev
A AB InBev apresentará seus números do segundo trimestre na quinta-feira. Será o primeiro trimestre com o impacto da perda da liderança do mercado dos Estados Unidos pela Bud Light, devido a um boicote transfóbico contra a marca. Isso ocorreu após uma ação de marketing realizada em abril com a influenciadora trans Dylan Mulvaney, o que deverá afetar os volumes de cerveja da AB InBev.

O cenário de boicote já havia provocado uma queda de 15,55% na ação da companhia na Europa em maio. O ativo não reagiu desde então e em julho registrou apenas uma valorização de 0,42%, com preço de 52,05 euros após cair 2,75% na segunda-feira, sinalizando perspectivas complicadas para a indústria da cerveja após a divulgação do balanço do Grupo Heineken.

Juntamente com a AB InBev, a Ambev também divulgará seu balanço na quinta-feira. As previsões das casas de análise são de que haverá recuo no lucro líquido e no Ebitda na comparação com o segundo trimestre de 2022, embora a expectativa seja de alta na receita líquida.

Ambev cai na Bolsa em julho
Enquanto os resultados não são apresentados, o mês de julho foi de queda para a Ambev na Bolsa brasileira. A ação fechou o mês valendo R$ 14,86, uma redução de 3,57% no período. Ainda assim, há uma alta acumulada de 2,34% em 2023.

O desempenho negativo, porém, foi provocado por impactos que vão além das perspectivas para a divulgação do balanço. Há preocupações com os efeitos sobre os custos de produção devido à decisão da Rússia de encerrar o acordo com a Ucrânia para o escoamento da produção de grãos. Internamente, o temor envolve as declarações dos membros do governo federal sobre um eventual fim do pagamento de juros sobre capital próprio para acionistas, uma prática adotada pela companhia.

Assim, em um mês com alta de 3,29% do Ibovespa, chegando a 121.942,98 pontos, a Ambev se posicionou entre as 33 das 85 ações que apresentaram queda, sendo que o maior recuo foi da Gol (26,88%), enquanto a maior valorização ficou com a Meliuz, sendo de 27,14%.

Fora do país, na Bolsa de Nova York, a ação da Ambev também caiu em julho, fechando o mês com preço de US$ 3,12, e registrando uma perda de 1,89%. Ainda assim, acumula alta de 14,71% no ano.

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