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Após reviravolta, guerra do xarope chega perto do fim com decisão favorável à InBev

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Litígio começou com propaganda no Super Bowl e pode terminar com uma decisão "semântica"

No que pode ter sido a batalha definitiva da disputa judicial que ficou conhecida como a “guerra do xarope de milho”, que opôs Anheuser-Busch InBev e Molson Coors nos Estados Unidos, a fabricante da Bud Light levou a melhor.

Uma corte de apelação deu sentença favorável ao recurso do braço norte-americano da AB-InBev, acusada pela rival de mentir sobre o conteúdo de seus produtos em propagandas da Bud Light, com base em argumentos semânticos.

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A celeuma da guerra do xarope começou em março de 2019. Nos intervalos do Super Bowl, em campanha publicitária da Bud Light com custo estimado de R$ 13 milhões, a AB-InBev fez uma propaganda que mostrava entregadores levando um carregamento de xarope de milho de alta frutose para o “castelo” da Miller Lite, rótulo da Molson Coors que disputa o público da Bud Light. As peças inferiam que as cervejas da rival usavam o tal xarope, criticado por acelerar a obesidade.

Após o evento, a cervejaria de origem canadense processou a AB-InBev, acusando-a de enganar o consumidor, por não usar tal xarope. Em maio de 2020 e novamente em setembro, a Miller obteve vitórias em cortes locais, em decisões que proibiram a concorrente de usar ou mencionar o xarope de milho em suas peças publicitárias e embalagens.

A sétima corte de apelação dos EUA, porém, reverteu a história ao determinar que é o consumidor quem decide o que é melhor. “Se a Molson Coors não gosta do tom de chacota das propagandas da AB, ela pode fazer chacota com a Bud Light em troca”, vaticinou a corte.

“A Molson Coors insiste que uma ‘lista de ingredientes’ difere da lista daquilo que o produto final ‘contém’. Isso é possível, e a omissão do álcool da lista de ingredientes reforça a conclusão de que a Molson Coors trata essa palavra como sinônimo de “insumo”. No entanto, o uso comum iguala os ingredientes aos ‘constituintes’ de um produto”, argumenta a corte, para depois complementar.

“Ao escolher uma palavra como ‘ingredientes’, que pode ter vários significados, a Miller Coors trouxe esse problema para si mesma”, diz a decisão, a respeito dos termos usados nas embalagens da marca. “Não é falso ou enganoso que um vendedor diga ou insinue, sobre um competidor, algo que ele mesmo fala de si.”

O caso, agora, volta para a corte local, que pode acatar ou não a decisão. Em nota, a Molson reafirma que “a Bud Light enganou o consumidor norte-americano”, e que vai continuar buscando meios de fazer justiça.

Já a AB-InBev, também em um comunicado, diz que “estamos felizes com a decisão”, mas alega que no momento o foco da empresa está voltado para amparar colaboradores e comunidades onde atua contra o coronavírus.

(com Inside Beer)

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