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Malteria Blumenau encerra atividades e cita desafios de atuar em pequena escala

Empresa tem unidade ampliada em 2020 com capacidade para fabricar 100 toneladas de maltes por mês

O ecossistema da cerveja artesanal brasileira sofreu uma perda significativa com o encerramento das operações da Malteria Blumenau. Reconhecida como pioneira na produção de maltes especiais no país, a empresa anunciou o fim de suas atividades após uma década operando na cidade catarinense que carrega seu nome.

“A primeira micromalteria de maltes especiais do Brasil, a Malteria Blumenau, encerra suas atividades no mês de fevereiro de 2024”, afirma a companhia em texto publicado no seu perfil no Instagram.

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Em 2020, a Malteria Blumenau passou por uma expansão, ampliando sua capacidade de fabricação de malte de 12 toneladas por mês para 100 toneladas mensais, com a possibilidade de crescimento para 170 toneladas.

Na publicação em que anuncia o fim das atividades, a Malteria Blumenau cita as dificuldades para que a sua produção em pequena escala concorresse no mercado com grandes fabricantes maltes dentro do Brasil, assim como com o produto importado.

“A descontinuidade da unidade de fabricação de malte tem sua maior motivação pelos custos de fabricação em pequena escala, tendo, assim, dificuldade em competir com o mercado brasileiro de malte e com os maltes importados”, justifica a Malteria Blumenau.

Na nota, o sócio-proprietário da Malteria Blumenau, Rodolfo Rebelo, declara que o setor cervejeiro brasileiro “perde um grande aliado”. “A Malteria Blumenau agradece a todos os funcionários, fornecedores, parceiros, clientes e amigos que nos acompanharam por todo esse tempo”, conclui.

O anúncio do fim das atividades da Malteria Blumenau provocou homenagens e lamentos de figuras importantes do setor cervejeiro. Confira algumas manifestações:

Carlo Enrico Bressiani, diretor da ESCM: Vimos a Malteria Blumenau nascer, crescer e estar presente no mercado brasileiro de cervejas artesanais. Apoiamos sempre a criação de uma cadeia cervejeira nacional e regional. Perde o mercado cervejeiro brasileiro, o Vale da Cerveja e a cidade de Blumenau. Desejo muita sorte e sucesso ao Rodolfo e aos demais sócios e funcionários envolvidos.

Richard Brighenti, sócio-fundador da Lohn Bier: Máxima admiração e respeito pelo trabalho da maltaria e do respeitado Rodolfo. Tive o privilégio em 2017 em levar o malte Barley Loaf para a Argentina para uma cerveja colaborativa. Em 2021, fizemos a Toda Nossa não só com os maltes, mas com a assessoria indispensável do Rodolfo. Usamos os maltes standard por inúmeras vezes e podemos afirmar o quão bravo foi o trabalho da maltaria, representado inclusive no seu logotipo.

Marcos Stefanes, ex-presidente da Aprolúpulo: Imagino o quão difícil foi tomar esta decisão. Sabemos bem a realidade do mercado cervejeiro como um todo no Brasil. A cada dia uma batalha, e cada vez mais impostos e taxações sobrecarregam empreendedores. Acredito que logo tu estarás com outras ideias e com novos projetos. Temos muito a agradecer por todas as parcerias e por todo o apoio que vocês sempre deram em cada um que fosse o evento ou desafio cervejeiro.

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