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Movimento de visibilidade a negros lança Hop Lager com lúpulos sul-africanos

Profissionais unidos pelo movimento Black Fucking Beer criaram cerveja AfroLager em Brasília

A busca por visibilidade e espaço para os negros é uma das causas mais urgentes na sociedade e, consequentemente, dentro do setor cervejeiro no Brasil, que ainda vê o mercado de artesanais bastante restrito a nichos. E foi pela luta para ampliar a representatividade no segmento e o acesso às suas criações que três profissionais negros de Brasília se uniram para dar voz a essa causa com o lançamento da cerveja AfroLager.

A AfroLager é uma colaborativa do estilo Hop Lager, sendo o resultado mais marcante do movimento “Black Fucking Beer”, surgido no ano passado na capital federal. O objetivo desse movimento é dar visibilidade e criar oportunidades para profissionais negros no ecossistema cervejeiro de Brasília, além de auxiliá-los a ocupar seus espaços na cadeia produtiva da cerveja.

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O movimento reúne três profissionais negros do setor em Brasília: o moçambicano Aninho Irachande, da Cervejaria Dona Maria, Charles Pinheiro, com origem quilombola e da Cervejaria Seu Joca, e Paulão Silva, da Brassaria Brasília e ativista social.

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“Para mim, uma colaborativa precisa ser mais do que apenas se reunir e fazer cerveja. É importante ter uma história por trás dos envolvidos. Nós queríamos contar nossa história”, explica Paulão. “Somos três negros que trabalham no meio cervejeiro, cada um com sua história única. Eu sou de Brasília e atuo na militância, o Charles tem origem quilombola e o Aninho veio de Moçambique”, acrescenta.

Após a realização de alguns eventos em Brasília no ano passado, eles decidiram dar um segundo passo no movimento, criando uma cerveja colaborativa. Com o objetivo de levá-la a novos paladares e em consonância com o discurso de ampliar o acesso às cervejas artesanais, optaram por criar uma Hop Lager com dry-hop do lúpulo sul-africano Southern Passion.

A ideia foi oferecer uma cerveja fácil de beber, mas que também desperte a curiosidade dos consumidores habituais de artesanais em função da utilização de uma variedade de lúpulo da África do Sul.

“Durante as discussões para a criação da cerveja, queríamos fazer algo de baixo custo e fácil de beber, para familiarizar as pessoas com as cervejas artesanais. Decidimos, então, pela Lager, mas que tivesse um diferencial. E o elo foi o lúpulo sul-africano”, comenta Paulão.

Essa novidade, com 5,2% de teor alcoólico, foi inicialmente lançada em barris e teve mil litros produzidos em seu primeiro lote, de acordo com Paulão, com planos futuros de ser envasada em latas.

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