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Especial rotulagem: Entenda a importância da aplicação em embalagens de cerveja

rotulagem cerveja
Rotulagem bem-feita é muito mais do que identificação, é parte fundamental para sucesso do produto

A qualidade de todo o processo que envolve a fabricação de uma cerveja, seja de uma pequena ou grande indústria, é importante para que uma marca alcance o sucesso desejado. Porém, de nada adiantará a excelência de um produto se ele não for apresentado da maneira adequada ao consumidor. E uma das partes fundamentais para uma comunicação eficiente entre estas duas pontas é a rotulagem bem-feita da cerveja. Um conceito que envolve a qualidade do material, mas também a forma e a estratégia de divulgação das informações necessárias.

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Para uma série especial de quatro reportagens sobre este tema, que serão publicadas ao longo das próximas semanas, o Guia ouviu especialistas que enumeraram motivos relevantes para a rotulagem ser utilizada da maneira certa em uma cerveja, seja em latas, garrafas ou growlers. Afinal, a identificação de uma bebida na geladeira ou na prateleira de um supermercado é um “cartão de apresentação” para aproximar o consumidor da chance de comprá-la.

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“O rótulo de alimentos e bebidas embalados é uma obrigação legal do fabricante e ele é o principal – e em muitas vezes, único – meio de comunicação entre a indústria e o consumidor na gôndola do supermercado. Por esse motivo, o rótulo exerce duas funções primordiais: atrair o olhar do possível comprador e comunicar adequadamente os atributos e os riscos associados ao consumo do produto”, ressalta Regina Sugayama, mestre em Biologia e Genética e doutora em Ciências pela USP, com mais de 30 anos de experiência em pesquisa e consultoria em agricultura e alimentos.

Bruno Lage, sócio-proprietário da empresa de rótulos Label Sonic, também enaltece a importância da excelência da rotulagem para estreitar a relação da marca com o consumidor, para que ele possa se tornar um potencial comprador de uma cerveja.

“A importância do rótulo é até difícil de explicar, pois é muito intuitiva, é a cara do produto. Primeiramente, o rótulo faz uma relação direta de um produto com uma marca. E traz todos os símbolos e significados que uma marca tem. Além disso, o rótulo é fundamental para outras informações, como as legais, sobre como usar o produto e ter uma melhor experiência com ele. Às vezes, os rótulos são falhos nisso”, diz, também definindo a rotulagem de uma cerveja como a última ação de marketing de um produto.

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“O rótulo tem a função de finalizar o processo de marketing de um produto, o final do processo de vendas. Tem, assim, uma função primordial nas vendas, pois onde o cliente vai tomar a decisão sobre a compra será no ponto de vendas. Um rótulo bom é um ótimo vendedor”, completa o especialista em rótulos.

O efeito visual que um rótulo é capaz de proporcionar também pode ser fundamental no processo de atração do consumidor ao instigá-lo. Ou seja, não basta ser bom produto e ter um preço que caiba no bolso dos clientes, mas também é necessário ser bonito para seduzi-lo e transmitir a sensação de encantamento que o faça acreditar estar adquirindo um produto que ofereça um bom custo-benefício por diversas razões, algumas delas nem sendo racionais. Por isso, é preciso incrementar a comunicação através dos rótulos.

Em uma prateleira repleta de produtos diferentes, a primeira coisa que o rótulo tem que ser é atrativo. Isso vale para cerveja, vinho, cachaça, qualquer tipo de bebida ou alimento. Vale o uso de imagens, tipologia e até mesmo de conteúdos interativos. Tenho visto embalagens com códigos-QR e até mesmo de realidade aumentada que amplificam a possibilidade de interação indústria-consumidor e enriquecem a experiência de consumo

Regina Sugayama, profissional com mais de 30 anos de atuação em pesquisa e consultoria em agricultura e alimentos

Gabriel Lopes, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign), também ressalta como o rótulo se relaciona com o sucesso de uma marca, apontando que ele pode indicar ao consumidor o posicionamento daquele produto.

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“Do ponto de vista do design, o rótulo ou a embalagem em si é o que traduz a alma do produto e seu posicionamento. A embalagem é o maior mediador simbólico que podemos ter no produto cerveja”, destaca o profissional, que é formado em Design, com especialização em embalagens, inteligência artificial e ciência de dados pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Para o presidente da Abedesign, “ter uma boa apresentação é transparecer a alma do produto”. Assim, mais do que apenas indicar a sua qualidade para o consumidor, o produto precisa seduzi-lo. E essa combinação pode se materializar no sucesso ou no fracasso de uma marca.

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“Tem uma máxima que nós usamos de forma bem simples, que é a seguinte: ‘Pintar feio ou pintar bonito custa a mesma coisa’”, lembra o especialista, exaltando também a importância do uso do design da maneira correta.

O presidente da Abedesign destaca que os itens se dividem em níveis diferentes, com cada um demandando uma estratégia de comunicação para alcançar o público-alvo: “tipos de cerveja” (venda de commodities); “nome do produto” (venda para quem já entende ou reconhece a marca. Quanto mais torneiras disponíveis, menor conhecimento específico); “nome do produto + regionalidade” (venda para quem já entende ou reconhece a marca + opção entre cerveja local e importada); e “exposição dos rótulos” (reconhecimento e autoidentificação com produto seja de forma temática, por estilo ou por reconhecimento imagético sem identificação por nome).

“Observe que mesmo quando vamos para uma situação de venda commoditizada (de produtos globais básicos não industrializados), que são nos taprooms ou os pontos de consumo com automação de torneiras, temos uma grande diferença estratégica em quatro níveis”, completa.

Importância das informações
Regina também destaca ser necessário cuidado com as informações que precisam ser estampadas no processo de rotulagem de uma garrafa, lata ou growler de cerveja. Elas devem atender normas básicas obrigatórias para que o produto possa ser vendido em supermercados, dando credibilidade, comprovação de procedência e o tornando confiável para o consumo de quem o adquire.

“A indústria tem a obrigação de informar, por exemplo, dados como volume de cerveja que a embalagem contém, a marca comercial e a denominação do produto seguindo as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estas três informações têm que estar prontamente disponíveis no painel principal do rótulo. Caso haja uma indicação geográfica reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, ela pode constar no painel principal”, lembra Regina.

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“O rótulo tem de listar os ingredientes que foram usados na fabricação, destacando a presença de glúten e outros alérgenos, data de validade, tempo que o produto permanece adequado para consumo após aberto, número do lote e nome do fabricante e/ou envasilhador. É obrigatório por lei incluir frases de advertência sobre o público ao qual se destina o produto (maiores de 18 anos) e sobre o consumo excessivo de álcool. Finalmente, é proibido qualquer tipo de dizer que cause confusão ou engano”, completa. 

Assim, a especialista alerta que de nada adianta também o rótulo ser visualmente bonito se ele não trouxer as informações obrigatórias que ajudem a estabelecer uma relação de confiança entre uma marca e o seu consumidor.

“Um rótulo que apenas seduz sem informar não serve porque deixará de cumprir obrigações legais. Por outro lado, um rótulo que apenas comunique riscos não vai vender. Então são dois lados da mesma moeda que precisam ser trabalhados no rótulo: design e dizeres. Deslizes de um ou outro lado podem resultar em notificações, multas e até prisão”, ressalta.

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