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Escassez de garrafas de vidro afeta setor e Ambev é menos atingida, aponta relatório

Sindicerv reconheceu que o setor vem enfrentando a falta de garrafas como um desafio pontual, advindo da pandemia

A escassez de garrafas de vidro é mais um problema envolvendo insumos para a indústria cervejeira em meio à pandemia do coronavírus. Essa adversidade foi apontada em relatório do banco de investimentos Credit Suisse, que vê a Ambev mais preparada para lidar com essa condição em comparação com as suas principais concorrentes no país.

O trabalho apontou que as principais cervejarias que operam no mercado brasileiro não conseguiram realizar grandes estoques de garrafas de vidro nos começo de 2021, o que representa um desafio para os próximos meses, especialmente caso ocorra aumento do consumo.

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O Credit Suisse, porém, aponta que a Ambev está mais bem posicionada nesse contexto do que a Heineken e o Grupo Petrópolis no mercado nacional. E, na avaliação da equipe de analistas da instituição, isso se dá pelo fornecimento interno e por acordos fechados com empresas produtoras de garrafas de vidro.

“Quase não foi impactada pela escassez de garrafas de vidro no mercado, se beneficiando de sua integração vertical (cerca de 44% das necessidades de garrafas de vidro fornecidas internamente em 2020) e contratos sólidos com grandes fornecedores”, afirmam, no relatório, os analistas Marcella Rechia e Henrique Rocha.

É uma situação diferente da encarada pela Heineken. Segundo o Credit Suisse, a multinacional precisou importar nos últimos meses, aproximadamente, 25% a 30% das suas garrafas de vidro, pagando preços 40% acima dos praticados no mercado doméstico. Já o Grupo Petrópolis optou por priorizar o envase de sua produção em latas de alumínio.

Até por isso, a avaliação é de que a Ambev deverá ser a empresa a lidar melhor com as adversidades. “A AmBev está melhor posicionada no setor para lidar com o ambiente restrito de fornecimento de embalagens. Dessa forma, a empresa deve continuar se beneficiando da integração vertical com suas próprias fábricas de latas de alumínio e garrafas de vidro”, acrescenta o relatório.

A equipe de analistas do Credit Suisse explica que o trabalho foi publicado após conversas com um grande produtor de embalagens de garrafas de vidro, que apontou o cenário complicado para as cervejarias, em função da escassez do produto.

“Mesmo com a suposta desaceleração do consumo em fevereiro, impulsionada por subsídios governamentais mais baixos e o preço mais alto da cerveja, a indústria não foi capaz de construir estoques, o que levou a uma continuação nas restrições de capacidade”, complementa o relatório.

Após a publicação do relatório pelo Credit Suisse, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) reconheceu, em nota, que o setor vem enfrentando a falta de garrafas como um desafio pontual, advindo da pandemia do coronavírus.

“A falta de garrafas que o mercado vem enfrentando é um reflexo do impacto que a pandemia gerou na cadeia de insumos e produção de embalagem – e que vem afetando diversos segmentos. Especificamente no setor cervejeiro, estamos enfrentando desafios pontuais com alguns insumos inerentes ao negócio, mas buscando junto aos fornecedores soluções para a normalização e menor impacto possível ao processo”, declarou o Sindicerv.

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