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União de cervejarias é o caminho para a diferenciação das embalagens a bons preços

Em tempos de ascensão do delivery, embalagem passa a ter grande influência na experiência de consumo

Com a reconfiguração do consumo de cerveja durante a pandemia, as demandas e o modo de se enxergar as embalagens e suas funções também passaram por transformações profundas. Ao beber em casa, o público cervejeiro passa a valorizar outras características das garrafas e latas. Assim, na visão da diretora-executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), Luciana Pellegrino, esse cenário impõe às marcas novos desafios. E a união entre empresas pode ser a saída para apresentar um rótulo atraente e com preço competitivo.

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Assim como a maioria dos setores, a indústria de embalagens sentiu impactos da paralisia das atividades econômicas por causa da crise do coronavírus. Depois de um primeiro trimestre relativamente estável, a produção de embalagens como um todo teve queda de 11% no volume de fabricação em abril, se comparado ao mesmo mês do ano passado.

Já as embalagens de vidro começaram a apresentar redução na produção em março – 15,6% no terceiro mês de 2020 e 20% em abril -, enquanto o recuo nas embalagens de metal foi de 3,6% e 32,2% no mesmo período, respectivamente.

Os números, no entanto, poderiam ser piores se as embalagens não estivessem ligadas também a setores e produtos considerados essenciais. “Grande parte delas atende a produtos essenciais, que estão mantidos. Mas tem uma parte que é de itens não essenciais e outras mais sensíveis à diminuição da circulação de pessoas e da atividade do comércio”, aponta Luciana.

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A indústria de bebidas, diz ela, está no segundo grupo e demandou volume 4,3% menor de embalagens no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mudanças e caminhos
Luciana vê, na troca do barril pelas garrafas, latas e growlers, um dilema desafiador para as cervejarias de pequeno porte. Por um lado, se não estão vendendo grandes volumes com o apoio de embalagens retornáveis para bares e restaurantes, por outro as cervejarias se veem obrigadas a investir em diferenciação para o consumidor que está comprando latas, garrafas e pedindo cerveja em casa. “São empresas pequenas, mas que buscam embalagens exclusivas, e que enfrentam o desafio da escala.”

Isso acontece pois, segundo ela, a produção de uma garrafa exclusiva requer o desenvolvimento de um molde específico. “É um investimento alto, que só se justifica com uma produção em larga escala”, afirma Luciana, lembrando que a produção das artesanais não é considerada grande para as dimensões de fabricantes de vidros.

Um caminho para que cervejarias de pequeno porte consigam condições interessantes na busca por certa exclusividade nas embalagens, acrescenta ela, é o da união: diversas marcas concordam em usar e comprar coletivamente um formato que ajude a posicionar seus produtos, conseguindo bons preços junto aos fabricantes. “A diferenciação acaba mesmo acontecendo pelo rótulo.”

Luciana lembra que a dificuldade é ainda maior quando o delivery entra em cena como parte inevitável da estratégia das cervejarias. Em sua avaliação, a entrega hoje não se limita ao transporte de um produto, mas se configura, em muitos casos, como a principal ferramenta de adaptação da experiência antes restrita a bares e restaurantes para o ambiente da casa.

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